Número de venezuelanos que pediram asilo aumentou 800% em dois anos

A maior parte dos venezuelanos pediu asilo em Espanha.

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Reuters

O número de venezuelanos que pediu asilo à União Europeia cresceu quase 800% nos últimos dois anos, sendo a 10.ª nacionalidade com o maior número de solicitações naquele período, diz o relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Escritório Europeu de Apoio ao Asilo (EASO).

De acordo com os dados apresentados pelo organismo da União Europeia (UE), Espanha foi o país com o maior número de pedidos de asilo registados por cidadãos venezuelanos, com 1160 pedidos dos 1400 realizados em toda a União Europeia.

O relatório observou que os pedidos de protecção internacional dos venezuelanos na UE cresceram 3500% entre 2014 e 2017 (de 325 para 11,980).

Devido a este aumento, assegurou o EASO, o número de requerentes que aguardam a confirmação do regime de asilo disparou de 6743 em Fevereiro de 2017 para 14,824 no mesmo período de 2018.

Em termos globais da UE, cerca de 46,500 pessoas de todo o mundo solicitaram protecção internacional em Fevereiro num dos 28 países-membros da União Europeia, mais a Suíça e a Noruega.

A Alemanha foi o país que registou a maioria dos pedidos de asilo, seguida pela França, Itália, Grécia e Espanha.

Este número representa, segundo o relatório, uma redução de 11% no volume total de pedidos de refúgio em Fevereiro em relação a Janeiro e o menor número nos últimos 12 meses.

Isso deve-se à diminuição do número de candidatos nos principais países de origem (Síria, Iraque, Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Geórgia, Albânia, Irão, Bangladesh), com excepção da Venezuela.