Novo secretário-geral do PSD vem para “unir o partido”
José Silvano assume que o objectivo é ganhar as legislativas de 2019.
O novo secretário-geral do PSD, indicado pela direcção do partido, afirmou nesta terça-feira que a sua prioridade é “unir o partido” e que vê um “futuro radiante” para o PSD. O nome de José Silvano ainda tem de ser ratificado pelo conselho nacional. O deputado diz que não tem receio dessa votação, mas rejeita qualquer tom “desafiador”.
Em declarações aos jornalistas na sede do partido, José Silvano assumiu que aceitou o convite para secretário-geral “há dois dias”, ou seja, no domingo, dia em que o seu antecessor, Feliciano Barreiras Duarte, se demitiu do cargo. O objectivo está traçado e aponta já para as legislativas do próximo ano. “A única prioridade que tenho é unir o partido e alcançar o poder em 2019, isto que fique claro”, afirmou, depois de ter colocado como objectivo “relançar o partido e ganhar as eleições “legislativas, europeias e regionais”.
O parlamentar e ex-presidente da Câmara Municipal de Mirandela puxa dos galões – “ganhei cinco autárquicas” – mas diz que o seu perfil é “trabalhar”, “estar próximo das pessoas” e “pouco falar”. “Terei respeito por todos e por todas as convicções. Como bom transmontano que sou, só quero trabalhar”, afirmou.
Questionado sobre como é que avalia o PSD no último mês, em que o partido já sofreu uma baixa na direcção, José Silvano disse preferir falar sobre o futuro. “Interessa-me me mais o futuro radiante no PSD”, afirmou, sustentando que “não correu tão mal como as pessoas dizem” e que “é mais aquilo que se propaga”.
Quanto à pergunta se há campanhas internas contra a direcção de Rui Rio, o deputado diz não acreditar em “orquestrações”.
O nome indicado por Rui Rio ainda terá de passar pela comissão política nacional e pelo conselho nacional, onde o líder do partido não tem a maioria dos eleitos. Mas o cenário de uma má votação parece não assustar José Silvano. “Não tenho receio”, reiterou, salvaguardando que a sua afirmação “não é no sentido de desafiar ninguém”, mas que tem em conta a vontade dos militantes do PSD de ganhar eleições”.