EUA isentam vizinhos das taxas alfandegárias sobre metais que começam no fim de Março
Canadá e México estão excluídos "por agora" de pagar estes direitos aduaneiros. Os demais países podem negociar isenções, um a um, com a Administração norte-americana.
Os EUA vão começar a cobrar direitos aduaneiros às importações de aço e alumínio dentro de 15 dias, com o Canadá e o México excluídos "por agora", anunciou nesta quinta-feira a Casa Branca. O anúncio foi feito pouco tempo antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, assinar os documentos relativos à aplicação de uma taxa aduaneira de 25% às importações de aço e 10% às de alumínio.
O seu argumento é o de que os produtores dos EUA precisam de ser protegidos por questões de segurança nacional. A medida tem como alvo fundamental as importações provenientes da China. Os países afectados estão a ser convidados a negociar isenções, um a um, caso consigam resolver a ameaça que as suas exportações colocam aos EUA.
Já o México e o Canadá mantêm-se temporariamente fora da lista de Trump por serem países com quem os EUA têm um acordo comercial em vigor, o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio). No entanto, para que essa isenção se mantenha, o Presidente norte-americano já avisou que será necessário assinar um novo acordo NAFTA, uma vez que o actual “tem sido um mau negócio para os EUA”, resultando numa “massiva deslocalização em empresas e postos de trabalho”. O Canadá e o México estão entre os principais exportadores de metais para os EUA. No caso do Canadá, 88% das suas exportações de aço em 2017 foram para os Estados Unidos.
Desde o anúncio de Trump que se multiplicaram os sinais de que os outros países estão dispostos a responder a essas medidas, através dos seus próprios aumentos de taxas. Esta terça-feira soube-se que a Comissão Europeia tem já uma lista detalhada dos produtos importados dos EUA que poderão vir a ser alvo de um agravamento de direitos aduaneiros.