Parlamento catalão não ratifica declaração de independência feita no ano passado

Deputados denunciaram a "destituição ilegal e ilegítima" de Carles Puigdemont da presidência da Generalitat, sem decidirem nada de concreto.

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Os laços amarelos simbolizam os políticos presos Reuters

O parlamento da Catalunha aprovou esta quinta-feira uma moção que denuncia a "destituição ilegal" de Carles Puigdemont do cargo de presidente da região autónoma, no ano passado, e avaliza o referendo pela independência celebrado a 1 de Outubro. Porém, os deputados não ratificaram a declaração de independência.  

O texto, apresentado a votação pelo Juntos pela Catalunha (a  formação política de Puigdemont), depois de acordada com a CUP (Candidatura de Unidade Popular) e ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), denuncia a "deriva autoritária" do Estado espanhol na Catalunha, com a aplicação do artigo 155 da Constituição que põs a região debaixo da administração de Madrid.  

A moção - aprovada por 68 votos a favor e oito contra - reivindica uma "acção republicana" e considera que a maioria parlamentar é favorável a uma Catalunha que seja um Estado independente. Também defende que Puigdemont é o "candidato legítimo à presidencia" do governo.

Mas os deputados não insistiram na investidura do antigo presidente que está em Bruxelas para evitar ser preso em Espanha, onde foi acusado de sedição. 

Nesta sessão do parlamento catalão não foi, portanto, desatado o nó da investidura. Ao longo da semana falou-se na investidura de Jordi Sànchez, número dois na lista de Puigdemont e ex-presidente da associação Assembleia Nacional Catalã e que está detido. O assunto não foi abordado. 

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