Cristas desafia o PSD a rever posição quanto ao financiamento dos partidos

Líder do CDS falou no encerramento da Convenção dos Autarcas Populares, que se realizou no Cineteatro Alba, em Albergaria-a-Velha, no sábado em que se realizaram as directas do PSD.

Cristas no encerramento da Convenção dos Autarcas Populares
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Cristas no encerramento da Convenção dos Autarcas Populares LUSA/PAULO NOVAIS
O alvo das críticas da líder do CDS foi o Governo
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O alvo das críticas da líder do CDS foi o Governo LUSA/PAULO NOVAIS
À chegada ao Cineteatro Alba, em Albergaria-a-Velha
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À chegada ao Cineteatro Alba, em Albergaria-a-Velha LUSA/PAULO NOVAIS

Horas antes de o novo líder do PSD ser eleito, quando os militantes do partido ainda votavam, a presidente do CDS, Assunção Cristas, disse esperar que o PSD possa rever a sua posição quanto à Lei do Financiamento dos Partidos, voltando a criticar "a negociação feita à porta fechada".

Assunção Cristas lamentou que António Costa não lhe tenha dado resposta quando o interpelou no Parlamento sobre o assunto e venha agora dizer que a sua posição é de que a solução é para manter.

Para Cristas, esta decisão mais não é do que consagrar "um estatuto de benefício para partidos, que a reboque de um processo para dar resposta ao Tribunal Constitucional, visa resolver um problema do PS em relação ao IVA e satisfazer um certo interesses do PCP e do PSD. "Esperemos que possa rever a sua posição, em relação ao tecto do financiamento privado dos partidos", disse, referindo-se ao PSD.

Prosseguindo nas críticas ao "Governo das esquerdas unidas" e ao primeiro-ministro, Cristas lamentou que a Saúde seja "pouco prioritária, ao nível dos meios alocados".

Mais incisiva foi ainda ao referir-se "ao acordo assinado pelo primeiro-ministro no encontro dos países da Europa do Sul, para haver listas transnacionais ao Parlamento Europeu, sem nenhum debate", concluindo ser mais um exemplo "da ligeireza do primeiro-ministro" e questionando: "a quem serve o acordo? Certamente aos países de maiores dimensões e não é a Portugal", que tem um número diminuto de eurodeputados.

Aproveitou ainda para reprovar a "péssima ideia" de alocar dinheiro da Santa Casa da Misericórdia para o Montepio Geral, sublinhando o risco de tal operação, eventualmente com o dinheiro destinado a quem mais precisa.

"Estaremos no Parlamento a querer saber tim-tim por tim-tim a perguntar e a inquirir, porque não aceitamos que se vá dizendo que está tudo em aberto e tenhamos a sensação de que tudo se vai fechando, colocando num banco o dinheiro dos pobres", advertiu. A líder do CDS falou no encerramento da Convenção dos Autarcas Populares, que se realizou no Cineteatro Alba, em Albergaria-a-Velha, no sábado em que se realizaram as directas do PSD