Presidente da República faz mensagem de Ano Novo às 20h a partir de casa
Marcelo Rebelo de Sousa fará um balanço do ano, marcado pelas tragédias dos incêndios de Junho e Outubro.
O Presidente da República dirige nesta segunda-feira aos portugueses a habitual mensagem de Ano Novo, às 20h, um ano depois de ter pedido que 2017 fosse o ano "da gestão a prazo" e que se mantivesse a estabilidade política.
Marcelo Rebelo de Sousa discursará, em directo, a partir da sua casa, em Cascais, onde está a recuperar de uma intervenção cirúrgica a uma hérnia umbilical, segundo fonte da Presidência da República.
Na mensagem do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que 2017 teria de ser "o ano da gestão a prazo e da definição e execução de uma estratégia de crescimento económico sustentado", depois de um ano, 2016, que descreveu como da "gestão do imediato". A partir do Palácio de Belém, numa comunicação de cerca de oito minutos, o chefe do Estado considerou "indesmentível" a existência de "estabilidade social e política" em 2016. Para 2017, o Presidente da República advertiu que era necessário "não perder estabilidade política, paz e concertação, rigor financeiro, cumprimento de compromissos externos, maior justiça social, formação aberta ao mundo, proximidade entre poder e povo".
Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa fará um balanço do ano que passou, e que foi marcado pelas tragédias dos incêndios de Junho e Outubro, com perda de vidas. Com sucessivas visitas aos locais afectados, em que exigiu o apuramento das responsabilidades, o Presidente da República tinha prometido voltar às zonas mais afectadas pelos incêndios de Outubro, na região centro do país, pelo Ano Novo. Contudo, a operação de urgência, realizada no Hospital Curry Cabral, Lisboa, impediu-o de concretizar a deslocação.
O tema das alterações ao regime da fiscalização das contas partidárias e ao financiamento político, que suscitou polémica nos últimos dias, deverá ficar de fora da mensagem de Ano Novo, já que Marcelo Rebelo de Sousa remeteu para depois do feriado desta segunda-feira a decisão sobre promulgação ou veto do diploma.