Trump diz que trabalhadores já estão a tomar "banhos de prémios"

Presidente norte-americano assina reforma fiscal. Impostos das empresas baixam de 35% para 21% de forma permanente e os impostos para a maioria dos contribuintes também descem, mas com fim previsto para 2025.

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Trump Jonathan Ernst/Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta sexta-feira a lei da reforma fiscal, aprovada esta semana pela maioria do Partido Republicano no Congresso.

Horas antes da cerimónia na Sala Oval da Casa Branca, Trump escreveu no Twitter que a reforma fiscal fez com que "grandes empresas estejam a dar banhos de prémios aos seus trabalhadores".

"O nosso grande e muito popular corte de impostos teve uma nova e inesperada fonte de 'amor'. Grandes empresas estão a dar banhos de prémios aos seus trabalhadores. É um fenómeno que ninguém sequer imaginou. Feliz Natal!", escreveu o Presidente norte-americano.

Ao fim de um ano recheado de desentendimentos e confrontações públicas com uma Casa Branca da mesma cor política, o Partido Republicano conseguiu unir esforços nas últimas semanas para deixar uma prenda no sapatinho do Presidente Trump a tempo do Natal: a maior redução de impostos dos últimos 30 anos nos Estados Unidos vai entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2018, cumprindo um velho sonho do partido, uma promessa de campanha do Presidente e um terrível pesadelo do Partido Democrata.

Se a nova reforma fiscal tivesse de ser resumida a uma única medida para mais fácil compreensão, seria esta: com a reforma fiscal do Partido Republicano, a carga fiscal das empresas vai descer de 35% para 21% já a partir de 2018; e os impostos para cerca de metade da população também desce, embora menos e com um fim anunciado para 2025.

Embora com muitas ressalvas em relação às diferenças culturais e ideológicas, a reforma fiscal de Donald Trump remete para a reforma fiscal promovida por Ronald Regan no início da década de 1980 – uma variação da chamada trickle down economics, que defende que os benefícios concedidos aos mais ricos acabam por beneficiar também os mais pobres. Ao fim de dois mandatos, as políticas de Reagan tinham triplicado a dívida pública.

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