O Porto deverá ser a cidade escolhida pelo Estado português para acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês), na candidatura que vai apresentar na sequência da saída da EMA de Londres, onde estava sediada. A decisão final será tomada pelo Governo na reunião de Conselho de Ministros que se realiza nesta quinta-feira.

A opção pela cidade do Porto é a proposta indicada pela Comissão Nacional de Candidatura (CNC) que foi constituída pelo Governo no final de 2016 para analisar a questão. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, o Governo deverá aceitar e assumir como sua a proposta da CNC.

O Governo já tinha escolhido Lisboa coma a cidade candidata a receber a sede da Agência Europeia do Medicamento no final de Abril deste ano. E a decisão foi mesmo objecto de um voto de saudação, aprovado por unanimidade pela Assembleia da República, em Maio.

Mas perante a contestação do Porto no mês passado, nomeadamente por parte do seu presidente da câmara, Rui Moreira, o executivo voltou atrás na decisão e abriu um novo período de análise. A decisão de reabrir a discussão sobre a escolha da cidade portuguesa foi apoiada pelos partidos com assento parlamentar, como o Bloco de Esquerda, que tinham contestado a escolha de Lisboa, mesmo depois de a terem saudado em voto na AR.

Após a reabertura do processo de análise, em Junho juntaram-se à CNC dois representantes da cidade do Porto, indicados pela câmara, à semelhança dos dois representantes indicados pela cidade de Lisboa que já tinham assento na mesma comissão.

O novo período de análise termina na quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros. Já o prazo para a apresentação de candidaturas acaba no fim do mês de Julho.

É já sabido que há outras cidades que pretendem receber a sede da Agência Europeia do Medicamento. Entre elas estão Bruxelas, Barcelona, Milão, Amesterdão, Atenas, Dublin, Copenhaga e Estocolmo.

Notícia alterada às 12h16 de quarta-feira, 12 de Julho: as câmaras de Lisboa e Porto têm, cada uma, dois representantes e não um na Comissão Nacional de Candidatura.