Pedrógão: PSD indica tenente-general Frutuoso Pires Mateus para Comissão Técnica

Doze especialistas vão integrar a equipa de investigação, aprovada pelo Parlamento na semana passada.

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Tenente-general foi condecorado Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis em 2002 Adriano Miranda

O PSD propôs ao presidente da Assembleia da República o nome do engenheiro militar tenente-general Frutuoso Pires Mateus para integrar a Comissão Técnica Independente que vai apurar os factos relativos à tragédia do incêndio de Pedrógão Grande.

Fonte social-democrata adiantou à agência Lusa o nome de Frutuoso Pires Mateus, depois de o PS ter divulgado na quinta-feira que indicou o engenheiro florestal catalão Marc Castellnou Ribau para este organismo.

Frutuoso Pires Mateus é membro efectivo da Ordem dos Engenheiros e doutor em Aplicações, Planeamento e Estudos Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Brasil, depois de ter completado o curso de Engenharia Militar para o Exército, em 1962.

Natural de Alcains (Castelo Branco), nascido em 1938, foi director do Serviço de Obras do Exército e professor no Instituto de Altos Estudos Militares.

Comandou a Escola Prática de Engenharia nos anos 80, entre 1999 e 2000 foi Inspector-geral do Exército, presidiu ao Instituto de Acção Social das Forças Armadas (2001-2004) e foi consultor de Júlio Castro Caldas (2000/2001) quando este era ministro da Defesa Nacional de um Governo socialista liderado por António Guterres.

Entre as várias condecorações que recebeu, as mais recentes são a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, em 2002, a Grã-Cruz da Medalha de Mérito Militar, em 2000, e o Grau de Comendador da Ordem de Mérito Militar do Exército do Brasil, em 1999.

Executou diversos planos de urbanização, em Portugal e em Cabo Verde, e, segundo o Diário de Notícias, foi responsável pelo projecto e construção dos paióis de Tancos, recentemente alvo de um furto de material de guerra.

A constituição da comissão técnica independente para apurar os factos relativos à tragédia resultante do incêndio de Pedrógão Grande, da qual resultaram 64 mortos, foi aprovada pela Assembleia da República no dia 30 de Junho.

A comissão técnica independente será composta por 12 especialistas, seis dos quais serão designados pelo presidente da Assembleia, ouvidos os grupos parlamentares, e outros seis pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

O presidente da comissão será indicado entre os seis especialistas designados pelos reitores.