Jornadas do BE: Trump até o calor do Algarve conseguiu ensombrar

“O que Donald Trump decidiu fazer foi olhar para o dinheiro e não olhar para o futuro", disse Catarina Martins.

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RUI MINDERICO/LUSA

A decisão do Presidente norte-americano de se desvincular do Acordo de Paris não ficou de fora do discurso da coordenadora do Bloco de Esquerda nas jornadas parlamentares que arrancam nesta sexta-feira no Algarve. Catarina Martins não só criticou a decisão de Donald Trump, como ainda ironizou: “Se fosse um banco já estava salvo”.

"O que Donald Trump decidiu fazer foi olhar para o dinheiro e não olhar para o futuro", disse a bloquista, defendendo, no entanto, que esta decisão dos EUA traz mais responsabilidades aos restantes países no cumprimento das metas ambientais. 

A questão do aquecimento global marcou assim uma parte do discurso de Catarina Martins, nas jornadas que decorrem no Algarve, até porque a região também tem sofrido com as alterações climáticas, disse a coordenadora depois de ter conversado nesta manhã com pescadores. “A temperatura média das águas do Algarve aumentou dois graus e isso é já um problema para a sustentabilidade de todo um sector económico”, relatou, depois de ter estado na DocaPesca, em Portimão.

A bloquista criticou ainda votações quer no Parlamento Europeu, quer na Assembleia da República, que na opinião da deputada, não respeitam as causas ambientais. No caso da votação no Parlamento, Catarina Martins referia-se ao projecto do BE e do PAN que previa a cessação dos novos contratos de exploração de petróleo e que foi chumbado por todos os outros partidos.

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