Segundo afirmou van Zeller, esta central sindical "quer melhorar e com eles vamos conseguir melhoramentos e desenvolvimento". Quanto à CGTP, partiu para o ataque, frisando que a central liderada por Carvalho da Silva "só quer demolir toda a proposta".

Van Zeller falava ontem aos jornalistas à margem da reunião do Conselho de Presidentes da CIP, onde têm assento as associações filiadas, na qual foi apresentado e analisado o parecer técnico que a confederação mandou fazer a propósito do anteprojecto que, a partir de hoje, vai ser negociado em sede de concertação social e cujo tempo de discussão o presidente da CIP considerou "muito curto". Adiantou ainda que se as associações que a CIP representa tivessem que se pronunciar hoje sobre a proposta de Bagão Félix, provavelmente a resposta seria "não".

Acerca do anteprojecto do Código do Trabalho, van Zeller considerou positivos quer o facto de o documento, por si só, existir - "o que é corajoso" -, quer a abordagem da contratação colectiva, pois "os parceiros é que têm de encontrar as soluções sector a sector". Em sentido inverso, criticou "o decréscimo do tempo de trabalho, a não definição do tempo efectivo de trabalho e o aumento do custo das horas extraordinárias", ao que acrescentou a adopção de um código e não de uma lei evolutiva.