Detidos suspeitos de preparar "atentado iminente" antes das presidenciais em França

Os dois homens detidos em Marselha têm nacionalidade francesa e foram radicalizados na prisão.

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Matthias Fekl diz-se preocupado com “actos de extremistas de qualquer tendência” Reuters/CHRISTIAN HARTMANN

Dois homens, de 23 e 29 anos, foram detidos nesta terça-feira em Marselha, segundo os media franceses. Os dois tinham intenção de agir “nos próximos dias”, disse o ministro do Interior, Matthias Fekl, citado pelo diário Le Monde.

Foram detidos por associação criminosa terrorista no âmbito de uma investigação aberta em Paris — e outra em Marselha, que depois se verificou dizer respeito aos mesmos suspeitos. Eram activamente procurados desde o final da semana passada.

Sabe-se ainda que os dois suspeitos foram radicalizados na prisão, segundo indicou fonte policial ao Monde.

O ministro do Interior disse antes em entrevista ao semanário Journal du Dimanche que as presidenciais vão contar com uma segurança reforçada com 50 mil polícias e gendarmes, apoiados por militares. A sua preocupação não é apenas o terrorismo de inspiração islamista, mas também “actos de extremistas de qualquer tendência”. 

A ameaça terrorista é “permanente e de alto nível”, sublinhou o ministro, indicando que durante o mês de Março houve 19 detenções no âmbito de operações antiterrorismo em França. Desde o início do ano, houve cinco projectos de atentados que foram evitados pelas autoridades, enquanto no ano anterior o número foi de 17, segundo disse em Março o primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve, lembra o jornal Le Point.

O país, onde desde 2015 houve uma série de ataques que fizeram mais de 200 mortos, está ainda em estado de emergência por causa da ameaça terrorista.

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