"Unidos, somos uma força imparável", diz Theresa May na Escócia

Líder escocesa "desapontada" após reunião com a primeira-ministra britânica em Edimburgo.

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Sturgeon e May reuniram-se durante uma hora em Glasgow RUSSELL CHEYNE/Reuters

Com uma visita à Escócia antes de accionar o artigo 50 para a saída do Reino Unido da União Europeia, Theresa May quis mostrar que a união do Reino Unido estava bem presente nos seus planos — “Unidos, somos uma força imparável”, declarou.

Mas em Glasgow encontrou, como se esperava, uma líder escocesa Nicola Sturgeon com uma opinião bem diferente. Sturgeon disse estar frustrada por “um processo que parece não estar a ouvir” todos os envolvidos, como por exemplo a Escócia. 

Já May não fez declarações após o encontro, mas num discurso repetiu a sua oposição a um referendo (que seria o segundo) à independência da Escócia durante o processo de saída da União Europeia, como deseja Sturgeon, alegando que não quer sair da União Europeia e que a independência da Escócia é o modo de se manter. Isto, no entanto, é algo que está longe de ser claro — responsáveis europeus já disseram que teria de haver nova candidatura à adesão como qualquer novo membro.

“Quando o Reino Unido sair da União Europeia, e teremos de construir um novo papel para nós próprios, a força e estabilidade da nossa união tornar-se-ão ainda mais importantes”, declarou May antes do encontro. “Quando trabalhamos juntos e nos empenhamos, somos uma força imparável.”

Já Sturgeon disse estar desapontada por não ter ouvido de May propostas para dar à Escócia poderes que regressarão ao Reino Unido após a saída, ou discutir a continuação do acesso preferencial ao mercado único, o que é importante para Edimburgo e que Londres rejeita.

May repetiu o argumento de que é injusto perguntar aos escoceses se querem ficar ou sair quando ainda não se sabe que tipo de ligação terá o Reino Unido com a União Europeia.

No mesmo dia do encontro entre May e Sturgeon, o negociador para o "Brexit" nomeado pela Comissão Europeia, Michel Barnier, avisou, num artigo no diário Financial Times, que há uma “forte possibilidade” de uma saída do Reino Unido sem acordo com a União Europeia, o que teria “consequências graves”.

 

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