Uma pessoa ficou ferida depois de uma pequena explosão nos escritórios do Fundo Monetário internacional em Paris. A polícia francesa avançou que o incidente foi provocado por um engenho de fabrico caseiro colocado numa carta, que provocou ferimentos numa secretária da organização.

O responsável máximo pela polícia de Paris, Michel Cadot, revelou que o FMI recebeu várias chamadas com ameaças nos últimos dias, mas não é claro se os dois factos estão ligados. 

O Presidente francês, François Hollande, disse que as autoridades do país "vão fazer todos os possíveis para encontrar os responsáveis".

A directora do FMI, Christine Lagarde, também já comentou o incidente, classificando-o como um "acto de violência cobarde".

"Fui informada sobre a explosão nos escritórios do FMI em Paris, que causou ferimentos num dos nossos funcionários. Tenho estado em contacto com os escritórios, e estou solidária com os meus colegas. Condeno este acto de violência cobarde e reafirmo a determinação do FMI em continuar a trabalhar em linha com o nosso mandato. Estamos a trabalhar em conjunto com as autoridades francesas para investigar este incidente e garantir a segurança dos nossos funcionários."

Thibault Peulen, director de uma agência de comunicação situada no mesmo edifício dos escritórios do FMI, partilhou no Twitter duas fotografias do aparato na rua – uma quando ainda não se sabia o que tinha acontecido e outra quando alguém se preparava para dar explicações aos jornalistas.

Esta explosão aconteceu um dia depois de ter sido encontrada uma encomenda suspeita no gabinete do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble. A polícia de Berlim confirmou que o pacote continha uma susbtância explosiva, normalmente utilizada para a produção de foguetes, e que estava preparada para criar uma pequena explosão assim que fosse aberta. Segundo a polícia alemã, a utilização dessa substância tinha como objectivo causar ferimentos em quem abrisse a encomenda.

O incidente em Berlim foi reivindicado por um grupo de radicais gregos. O ministro grego da Administração Interna revelou que a encomenda tinha um selo da Grécia com a morada do partido Nova Democracia, apesar de nada ter a ver com o partido de centro-direita.