Próximas autárquicas são da maior importância, diz Costa

Realçou que o Portugal 2020 já está a funcionar, mas é necessário ter a consciência de que o país não acaba em 2020.

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LUSA/ESTELA SILVA

O secretário-geral do PS, António Costa, considerou este sábado que as próximas eleições autárquicas são da “maior importância” porque os autarcas eleitos vão abrir um novo ciclo de poder local, o ciclo da maior descentralização que o país já teve.

“É preciso compreender que hoje o país não se governa só a partir de Lisboa, o país governa-se de uma forma articulada entre a Administração Central, os municípios, as freguesias, as comunidades intermunicipais e a um escalão regional, por isso é que a descentralização é absolutamente essencial”, afirmou na inauguração da nova sede do PS/Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

Costa frisou que a governação se faz em rede para ter um país melhor governado, dando competências a quem está em melhores condições para poder exercê-las, sublinhando ter “todas as boas razões” para confiar nas autarquias.

“O papel das autarquias já não é aquele de há 40 anos, de levar a luz e a água às casas dos portugueses, nem o de dotar as cidades de escolas ou centros de saúde. Hoje, o grande desafio dos municípios é ter um modelo de desenvolvimento para conseguir atrair investimento empresarial e criar condições para uma melhor educação, formação e emprego”, entendeu.

“Estes novos desafios das autarquias exigem que tenham novas competências e meios para poderem fazer mais e melhor”, acrescentou o secretário-geral do PS.

António Costa realçou que o Portugal 2020 já está a funcionar, mas é necessário ter a consciência de que o país não acaba em 2020.

“Em 2020 acaba este ciclo comunitário e abre-se um novo ciclo, e para não voltarmos a ter a péssima experiência que tivemos desta vez, de estarmos dois anos paralisados, temos de chegar ao final de 2020 não só com uma boa execução do actual quadro, mas preparados para preparar de imediato um novo quadro”, entendeu.

Por esse motivo, António Costa quer que os autarcas que vão ser eleitos sejam os que vão escolher as novas direcções das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional porque é preciso começar a trabalhar no novo quadro em 2018 para em 2019 começar a negocia-lo com a Comissão Europeia.

“Para que em 2020 possamos ter o quadro legislativo nacional preparado para a 1 de Janeiro de 2021 começarmos a executar o novo quadro e o país não volte a estar dois anos paralisado nas suas necessidades de investimento”, realçou.