Exposição com 480 fotografias de Alfredo Cunha é inaugurada em Lisboa

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São Tomé e Príncipe, 1975 © Alfredo Cunha
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Salgueiro Maia, 25 de Abril de 1974 © Alfredo Cunha
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Descolonização © Alfredo Cunha
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Lisboa, 25 de Abril de 1974 © Alfredo Cunha
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Lisboa, 25 de Abril de 1974 © Alfredo Cunha
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Vila Franca de Xira, 1975 © Alfredo Cunha
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Pinhão, Douro, 1997 © Alfredo Cunha
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Vila Verde, 1999 © Alfredo Cunha
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Porto, 1999 © Alfredo Cunha
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Bucareste, Roménia, 1999 © Alfredo Cunha
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Níger, 2014 © Alfredo Cunha
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Níger, 2014 © Alfredo Cunha

Uma exposição com 480 imagens captadas pelo fotojornalista Alfredo Cunha, que cobrem quase 50 anos de trabalho, é inaugurada nesta sexta-feira, às 19h, na Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Intitulada Tempo depois do tempo. Fotografias de Alfredo Cunha 1970-2017, a retrospectiva apresenta diversas imagens que ficaram na história do país ainda antes do 25 de Abril de 1974, de acordo com a organização, a cargo das Galerias Municipais de Lisboa.

Momentos que ficaram na memória colectiva dos portugueses, como as imagens do capitão Salgueiro Maia no dia da Revolução dos Cravos, ou dos contentores chegados das ex-colónias africanas portuguesas ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foram integradas nesta exposição.

Ao longo de 47 anos, Alfredo Cunha captou, não só factos históricos como rostos anónimos pelo mundo inteiro: a queda do ditador Nicolae Ceausescu, na Roménia (em 1989), a guerra no Iraque, país onde esteve em 2003 e ao qual regressou várias vezes na última década.

Em 2012 tornou-se fotojornalista freelancer e participou no projecto comemorativo dos 30 anos da Assistência Médica Internacional Três Décadas de Esperança, que o levou a percorrer países como o Níger, a Roménia, o Bangladesh, a Índia, o Haiti, o Sri Lanka, a Guiné-Bissau e o Nepal.

Nascido em 1953, em Celorico da Beira, neto e filho de fotógrafos, Alfredo Cunha foi cedo influenciado pelo pai António, que começou a levá-lo a fotografar casamentos com cerca de 10 anos.

Parte da sua colecção encontra-se no Centro Português de Fotografia do Porto e no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, de que é o maior doador, tendo contribuído com mais de 500 fotografias em papel e mais de 5000 digitalizadas, segundo o comunicado das Galerias Municipais.

Alfredo Cunha iniciou em 1970 a sua carreira profissional em fotografia publicitária e comercial e, no ano seguinte, em 1971, a carreira de fotojornalista no Notícias da Amadora.

A retrospectiva está organizada por décadas e em núcleos, desde o nacional, internacional, retratos e AMI, ficando patente até 25 de Abril.