Homem que atacou militares no Louvre partilhou mensagens de apoio ao Daesh

Abdullah Reda al-Hamamy partilhou, na véspera do ataque, dez mensagens de apoio ao autoproclamado Estado Islâmico numa hora.

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Abdullah Reda al-Hamamy, de 29 anos, é egípcio e luta, neste momento, pela vida depois do incidente em Paris Reuters/MOHAMED ABD EL GHANY

Começam a surgir pormenores sobre o egípcio de 29 anos que ameaçou e tentou atacar um grupo de militares e agentes da polícia depois de gritar "Alla'hu Akbar"  junto ao Carrousel du Louvre, o centro comercial que fica nas imediações do conhecido museu de Paris, no passado dia 3. Abdullah Reda al-Hamamy continua a lutar pela vida, enquanto as autoridades tentam desvendar as suas motivações de outra forma que não seja o interrogatório directo.

Sabe-se agora que o atacante chegou a França no dia 26 de Janeiro, depois de obter um visto turístico no Dubai. O Le Monde diz que al-Hamamy alugou um apartamento em Paris durante uma semana, local onde foram encontrados cartões pré-pagos, um iPad e um passaporte egípcio.  

O mesmo jornal refere que, na véspera do ataque na capital francesa, Al-Hamamy aumentou exponencialmente a sua actividade nas redes sociais, nomeadamente no Facebook e Twitter, com dez publicações numa hora referenciando o Daesh: “Porque é que eles estão com medo do advento do Estado do Islão?”; “O Estado do Islão defende a sua terra e honra os muçulmanos”; “Eles lutam em nome de Deus e não têm medo”, são alguns dos exemplos de frases partilhadas pelo egípcio. Na manhã de sexta-feira, minutos antes do incidente, Al-Hamamy voltou a partilhar uma mensagem: “Não há negociação possível, não há compromisso, permanece sem retorno”.

Esta última afirmação parece ser uma citação, segundo refere o Le Monde, de um discurso do antigo número dois do Daesh, Abou Mohammed Al-Adnani, em 2012, altura em que este desempenhava funções de porta-voz do grupo no Iraque, onde saudou e anunciou o regresso das hostilidades na região.

Por sua vez, o Le Figaro cita uma fonte não identificada para noticiar que o atacante foi filmado, no dia 29 de Janeiro, pelas câmaras de vigilância a vaguear no Carrousel du Louvre por entre um grupo de turistas que realizavam uma visita guiada pelo local. 

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