O primeiro acto do Presidente Trump: criou o dia nacional do patriotismo
O programa de Trump já está em acção. Nos primeiros momentros no cargo, assinou vários decretos.
Não tinha passado sequer uma hora desde o juramento que o oficializara como o 45.º Presidente dos EUA, quando Donald Trump pôs a sua assinatura nos primeiros documentos presidenciais. Numa pequena cerimónia transmitida pelas televisões, rubricou vários decretos, incluindo a introdução de um dia nacional do patriotismo.
Foram dados poucos pormenores sobre estes primeiros decretos presidenciais. O assessor de imprensa, Sean Spicer, revelou que o Presidente assinou nomeações de membros da Administração que vão ser presentes ao Senado, uma dispensa que abre caminho à nomeação do secretário da Defesa, James Mattis, e uma lei que prevê a criação do dia nacional do patriotismo, fazendo eco do discurso que tinha dado momentos antes. Não se sabe que contornos terá esta iniciativa, nem de que forma se vai coordenar com o actual Dia da Independência, a 4 de Julho.
Durante a assinatura dos documentos, Trump foi fazendo algumas piadas com os senadores e congressistas presentes. “Há algumas canetas a mais por aí? Isto tem piada”, disse Trump, aludindo ao hábito de os Presidentes rubricarem os documentos oficiais com canetas diferentes, que depois são entregues aos que testemunham esta primeira cerimónia.
O seu antecessor, Barack Obama, por exemplo, esperou um dia para assinar o primeiro decreto presidencial – uma revogação de uma ordem de George W. Bush que limitava a publicação de registos pessoais de antigos presidentes.
A agenda de Trump promete avançar rapidamente noutras direcções. O site oficial da Casa Branca foi totalmente remodelado e passou a ser possível consultar as grandes prioridades dos próximos tempos. A grande maioria tinha sido já anunciada após as eleições, como a revogação do programa de combate às alterações climáticas – foi igualmente retirada a secção referente ao clima que estava presente na versão anterior do site – ou a reforma fiscal.
Há ainda referências ao ambiente “anti-polícia” que a nova Administração diz querer combater. Para isso, Trump promete garantir o direito ao porte de armas pelos cidadãos – uma das grandes lutas de Obama era limitar esta lei, que considerava favorecer os tiroteios. A nova Administração lembra ainda a intenção de construir um muro para “travar a imigração ilegal” e de “deportar os imigrantes ilegais com antecedentes criminais”.
Outra das promessas mais polémicas de Trump durante a campanha é reafirmada após a entrada em funções – a renegociação e saída dos grandes tratados de comércio livre. A primeira medida será, desde logo, o abandono das negociações da Parceria Trans-Pacífico (TPP), seguida da renegociação do Tratado Norte-Americano de Comércio Livre (NAFTA), que desde 1994 junta os EUA, Canadá e México.