Nomes do PSD para a ERC criam polémica
Passos Coelho quer indicar Fátima Resende Lima e Francisco Azevedo e Silva.
O PSD quer indicar Fátima Resende Lima e Francisco Azevedo e Silva como candidatos para o novo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, mas os dois nomes estão a criar desconforto interno. Ao que o PÚBLICO apurou, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, informou na última semana os membros da comissão permanente do partido sobre os candidatos, mas os nomes não caíram bem por não constituírem uma novidade na escolha.
A questão não foi discutida no órgão mais restrito de Passos Coelho e só o deverá ser esta semana. Aliás, a bancada do PSD pediu na passada sexta-feira, último dia do prazo dado por Ferro Rodrigues, para adiar a entrega dos nomes até esta segunda-feira, quando se conta dez dias até à eleição (marcada para 19).
Fátima Resende Lima, mulher de Fernando Lima, ex-consultor do antigo Presidente da República, Cavaco Silva, já é directora executiva da ERC, mas a sua escolha, em Janeiro de 2012, por Carlos Magno, actual presidente da ERC, foi contestada pelos dois elementos do Conselho Regulador indicados pelo PS. Na altura, Alberto Arons de Carvalho (vice-presidente) e Rui Gomes (vogal) votaram contra alegando a falta de experiência de nomeada. Mas a nomeação passou com os três votos favoráveis de Magno e das vogais Luísa Roseira e Raquel Alexandra.
Francisco Azevedo e Silva foi jornalista e director-adjunto do Diário de Notícias, chefiou o gabinete de Manuela Ferreira Leite enquanto líder do partido e foi assessor de imprensa do ex-ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, no anterior Governo.
Para o novo Conselho Regulador, o PS escolheu o professor e jornalista Mário Mesquita e o jurista da RTP João Pedro Figueiredo. Os outros dois nomes cabem ao PSD, que no actual mandato tinha a professora e ex-deputada Luísa Roseira e a jurista e ex-jornalista da SIC Raquel Alexandra (que renunciou ao cargo há um mês) — e escolhera também o presidente, Carlos Magno. Os quatro nomeados (de PS e PSD) devem depois cooptar um quinto elemento que deveria ser independente dos partidos e da Assembleia, e escolher, entre todos, o presidente. O mandato de cinco anos do actual conselho terminou a 9 de Novembro. com Maria Lopes