Norte consolida posição de motor económico do país

Crescimento do PIB regional continua a acelerar, acima da média nacional. Mas a tendência de convergência ainda não é suficiente para que deixe de ser a região com menor PIB per capita

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As exportações passaram de 1,8% no segundo trimestre para 5,4% no terceiro trimestre neg nelson garrido

As análises trimestrais do Boletim Norte Conjuntura, uma publicação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), já o vinham a indiciar: a região Norte funciona como uma espécie de motor do crescimento da economia nacional, com taxas de crescimento dos seus indicadores de produção de riqueza acima da média nacional.

Agora, e depois de o Instituto Nacional de Estatistica ter revisto em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte para 2014 (fixando em 2% a taxa de crescimento, duplicando o valor que tinha até então apurado), e de apontar para 1,9% o valor de crescimento do PIB em 2015, os indicadores que constam do boletim relativo ao terceiro trimestre de 2016 continuam a posicionar bem a região Norte num contexto marcado pelo crescimento do PIB a nível nacional.

A generalidade dos indicadores manteve uma evolução positiva, destacando-se o crescimento do emprego (+1,9% em termos homólogos), aumento das exportações de bens e serviços (passaram de 1,8 por cento no segundo trimestre para 5,4 por cento no terceiro trimestre).

Sem o contributo da região Norte a economia nacional teria crescido apenas 0,3% em 2014 (e não 0,9%) e 1% em 2015 (em vez de 1,6%).

Estes indicadores contribuem para um resultado ímpar tendo em conta o contexto histórico desde a entrada de Portugal na União Monetária, sublinha a CCDR-N. “Em 2000, o PIB per capita da Região do Norte era igual a 80,3% do nacional, caindo, ligeiramente, para 79,5% em 2009. Desde então, a Região Norte foi capaz de alcançar um desempenho superior à média nacional, quer em período de recessão, quer nos anos de retoma do crescimento”, lê-se no relatório. Porém, todos estes bons desempenhos ainda não foram suficientes para retirar a região Norte do pódio que ocupa enquanto região portuguesa com menor PIB per capita.

 

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