Ryan Adams, nome revelado no caldeirão da alt-country enquanto líder dos Whiskeytown, nos anos 1990, antes do arranque da carreira a solo no início deste século, e músico dado a guinadas estéticas surpreendentes, é a nova confirmação para o cartaz da próxima edição do Nos Alive. O músico de Gold actua no Passeio Marítimo de Algés no primeiro dia de festival, 6 de Julho, e trará com ele o novo álbum, Prisioner, com edição marcada para 17 de Fevereiro e que se diz ter sido influenciado pelo rock dos anos 1980 e, liricamente, pelas dores da separação de Mandy Moore, a actriz com quem casara em 2009. O primeiro single, Do you still love me, já foi divulgado. 

Depois do ambiente desolado da estreia a solo, Heartbreaker, em 2000, Ryan Adams conquistou as atenções de todos (público e crítica) com Gold, disco editado em 2001 e que levou até a que lançassem sobre ele o elogioso anúncio (ou amaldiçoado, dependendo da perspectiva) de que chegara ao mundo o novo Bob Dylan. Nos anos seguintes, vimo-lo editar álbuns de sobras de estúdio, vimo-lo flirtar com o rock de massas de décadas passadas em Rock’n’roll (2003) ou, na banda baptizada Finger, com o punk em que se formara na adolescência. Cold Roses, editado em 2005, marcou o regresso às raízes da Americana, acompanhado por um conjunto de músicos, os Cardinals, que estariam com ele nos anos seguintes.

Polémico, dado a grandes proclamações na relação com a imprensa e sem pruridos no discurso sobre os excessos que marcam o seu percurso, Ryan Adams continuou a editar consistentemente na última década, acompanhando as canções country-rock de tom confessional com discos como 1989, editado no ano passado, em que recriou na totalidade o álbum com o mesmo título de Taylor Swift. Este será o segundo concerto em Portugal do músico, depois da passagem pela Aula Magna, em Lisboa, em 2011.

O Nos Alive está marcado para os dias 6, 7 e 8 de Julho de 2017. Está  já confirmada a presença de Depeche Mode, Foo Fighters, The Kills, Warpaint e Alt-J.