Raúl Castro jura defender o socialismo no adeus a Fidel

Cerimónias fúnebres do ex-líder decorrem em Santiago de Cuba. Dilma, Lula, Maduro e Morales ao lado de Raúl Castro na homenagem da última noite.

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Homenagem na Praça da Revolução Major General Antonio Maceo Grajales AFP/JUAN BARRETO
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Voltado para milhares de cubanos em homenagem a Fidel, rodeado de líderes e ex-líderes da América Latina que viajaram até Santiago de Cuba para um último adeus ao líder da revolução cubana, Raúl Castro jurou continuar a “defender a pátria e o socialismo”, horas antes de começarem as cerimónias fúnebres desta manhã.

Numa noite de tributo póstumo ao histórico líder cubano, cujas cinzas são enterradas neste domingo em Santiago, Raúl lembrou o percurso do cortejo fúnebre de sete veículos, que se realizou no “sentido inverso ao trajecto da Caravana da Liberdade”.

“Na Praça da Revolução Major General Antonio Maceo Grajales, na heróica cidade de Santiago de Cuba juramos defender a pátria e o socialismo. E juntos reafirmamos a máxima do Titã de Bronze: ‘Quem tentar apoderar-se de Cuba recolherá o pó do solo alagado em sangue dele caso não perder na luta”, afirmou o Presidente cubano, Perante os restos mortais do irmão. No final, a exultação e os aplausos dos milhares em euforia, ao ouvirem Raúl gritar: “Fidel! Fidel! Até à vitória!”. “Sempre!”, ouviu-se em uníssono.

No discurso, Raúl Castro mostrou-se reconfortado “com o sentir dos jovens e meninos cubanos que expressam serem dignos continuadores das ideias de Fidel”.

Ao lado do líder cubano, a quem Fidel passou os destinos do país em 2008, estavam outros líderes e ex-líderes latino-americanos. Até Cuba viajaram Dilma Rousseff e Lula da Silva, ex-Presidentes brasileiros, Nicolás Maduro, da Venzuela, e Evo Morales, da Bolívia.

Também a número três do Governo francês, a ministra da Ecologia, Ségolène Royal, esteve no sábado em Santiago para homenagear Fidel, salientando “a amizade muito profunda entre Cuba e França”. Segundo a AFP, Ségolène Royal foi o único membro de um governo europeu, além do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, a dirigirem-se a Cuba durante os dias de luto pela morte de Fidel.

As cerimónias deste domingo começaram ao início da manhã em Santiago, às 7h locais (12h em Portugal continental) com a chegada da urna com as cinzas ao cemitério de Santa Ifigenia de Santiago, onde está o mausoléu de José Marti, herói da independência.

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