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Rui Rio admite que "poderá" ser alternativa a Passos Coelho

Em entrevista ao Diário de Notícias e questionado sobre se poderá ser Rui Rio a avançar como alternativa à liderança do PSD, o antigo autarca diz: "Poderá".

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Rui Rio Miguel Manso

Rui Rio não afasta a possibilidade de ser um dos nomes alternativos a Pedro Passos Coelho para a liderança do PSD.

Com o congresso do partido marcado para 2018, o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto admite o cenário de se candidatar se “até lá [2018] o partido não descolar”. Ou seja, se até às eleições autárquicas do próximo ano, a liderança de Passos Coelho não se fortalecer, o ex-autarca, não retira da mesa a possibilidade de avançar para a liderança do PSD.

Questiondo sobre se poderá ser o antigo presidente da Câmara do Porto a avançar para a liderança social-democrata, Rui Rio responde: “Poderá”. A palavra utilizada não é de menosprezar. "Eu acho que sim. Será sinal de falta de vitalidade interna se o PSD continuar com grandes dificuldades de aceitação junto das pessoas e se, mesmo assim, não aparecer uma alternativa credível para disputar a liderança" disse Rui Rio, numa entrevista concedida ao Diário de Notícias.

Na mesma entrevista, o social-democrata admite que tem sido pressionado a colocar-se como alternativa a Passos Coelho.

No princípio deste mês, Rui Rio tinha desmentido que estivesse a estabelecer contactos para lançar uma candidatura à liderança do PSD. "Tenho [sido pressionado], por militantes e não militantes, mas é preciso ter noção de que, se as eleições internas não forem antecipadas, só se realizarão em fevereiro ou março de 2018. É daqui a quase um ano e meio", disse.

Aos jornalistas, Rui Rio falou ainda da confusão na Caixa Geral de Depósitos e aponta responsabilidades ao Governo. "Se a lei não o permitir [a exceção na entrega de declarações ao Tribunal Constitucional], a responsabilidade está do lado do Governo que se comprometeu com o que não se podia comprometer", acrescentou.

Mas sobre este assunto, Rio não tem dúvidas que os gestores da CGD só podem ser considerados gestores públicos - esta questão coloca-se porque, ao ser criada a excepção, há quem defenda que não podem ser considerados legalmente gestores públicos e como tal não se lhes aplica a famosa lei de 83. "Todos os gestores bancários são gestores públicos, a banca dita privada quando treme, vem buscar os nossos impostos. Se o governante for incompetente, gere mal os nossos impostos, se um gestor da banca privada, pode levar num ápice as poupanças de uma vida. O que acha pior?"

 

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