Chelsea Manning tentou suicidar-se pela segunda vez

A militar norte-americana detida por transmissão de informação confidencial tentou cometer suicídio na prisão, informaram os advogados.

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Chelsea Manning foi condenada a 35 anos de prisão por passar documentos classificados à WikiLeaks Reuters/HANDOUT

Chelsea Manning fez a sua segunda tentativa de suicídio em poucos meses, numa prisão do Kansas, onde está detida depois d eter sido condenada por passar informação secreta e confidencial à WikiLeaks, confirmaram os seus advogados.

Vincent Ward e Chase Strangio não forneceram detalhes sobre a tentativa de suicídio, que terá ocorrido no mês passado, na prisão de Fort Leavenworth, no Kansas, mas descreveram as condições prisionais a que a cliente está sujeita. Um dos episódios revelados foi o confinamento à solitária a que foi sujeita Manning devido à primeira tentativa de suicídio, em Julho. Tudo isto, na opinião dos advogados, contribui para a fragilidade mental da militar transsexual.

Chelsea Manning nasceu como homem e com o nome Bradley Edward Manning. O soldado norte-americano, foi condenado a 35 anos de prisão por transmitir, no total, 700 mil documentos confidenciais ao WikiLeaks, naquela que foi a maior fuga de informação de sempre nos EUA.

Depois de uma batalha legal e de uma greve de fome, Bradley conseguiu com que o Departamento de Defesa norte-americano contribuísse para o tratamento do seu transtorno de identidade de género, ou disforia de género. O tratamento incluiu uma cirurgia e uma terapia hormonal para que pudesse concretizar a sua transformação numa mulher.

Agora, os advogados consideram que os maus tratos de que sofre, desde a detenção em 2010, e a pena de prisão de 35 anos, estão a “a desmoralizar e a desestabilizar a sua saúde e humanidade”, segundo a Associated Press. A defesa de Manning mostra-se também preocupado em relação à “capacidade para lutar” de Manning, “sob estes abusos implacáveis”.

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