Costa quer "mais cooperações e menos sanções" com a Rússia

O primeiro-ministro esteve em Bruxelas no encontro do Conselho Europeu, onde falou da situação em Alepo e da política europeia para as migrações.

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António Costa considera que até agora as acções "têm sido penalizadoras" AFP/FREDERIC SIERAKOWSKI

O Conselho Europeu decidiu esta sexta-feira emitir uma declaração "para que rapidamente haja um cessar-fogo em Alepo", informou o primeiro-ministro António Costa. No encontro, que começou esta quinta-feira e termina nesta sexta-feira, o primeiro-ministro sublinhou que a posição de Portugal é "passar mais à fase de cooperação do que sanção", referindo-se às sanções económicas aplicadas à Rússia, pela sua presença militar na Síria.

António Costa acrescentou que até agora "as negociações têm sido penalizadoras" e "não é essa a nossa ambição".

O primeiro-ministro insistiu que a relação entre a União Europeia e a Rússia deve ser "de dois vizinhos que se respeitam e que em conjunto podem ajudar à paz".

O governante português disse que a política europeia para as migrações é "condição essencial para a estabilidade" do fluxo migratório para a Europa, com intervenção nos países de origem, elogiando as parcerias feitas, nomeadamente com o Níger, a Nigéria, o Mali e a Etiópia.

Uma política europeia nesta matéria, considerou, "é condição essencial na relação de vizinhança", bem como para a gestão saudável dos fluxos migratórios. "Garantir a paz e a segurança é essencial", declarou o primeiro-ministro.

Sobre o acordo de livre comércio com o Canadá, que a UE negoceia há sete anos e que deveria ser assinado na próxima semana, Costa destacou que este não é um acordo "que se limita a ser aduaneiro" e que a Europa "não pode baixar os padrões muito elevados" 

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