Prisão preventiva para dois homens que fugiram à GNR

Os suspeitos foram detidos no Porto Alto depois de não terem obedecido a uma ordem de paragam na ponte Vasco da Gama.

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Perseguição que terminou num morto iniciou-se na ponte Vasco da Gama Rita Baleia

Os dois arguidos detidos na sequência do tiroteio ocorrido no Porto Alto, na sexta-feira, ficaram em prisão preventiva pela prática de roubo, sequestro e homicídio qualificado na forma tentada, entre outros crimes, informou neste domingo o Tribunal Judicial de Santarém.

O tribunal refere, em comunicado, que os arguidos, de 21 e 24 anos, foram submetidos a um primeiro interrogatório no Tribunal Judicial da Comarca de Santarém, na instância local do Cartaxo, entre as 12h56 de sábado e a 1h00 de hoje, tendo ficado sujeitos à medida de coacção de prisão preventiva, por estarem verificados os perigos previstos para a sua aplicação no Código de Processo Penal e por "estar fortemente indiciada a sua responsabilidade penal".

Segundo o tribunal, um dos arguidos está "fortemente indiciado" da prática de quatro crimes de roubo, um de sequestro, dois de falsificação de documento, um de condução perigosa de veículo rodoviário, um de resistência e coacção sobre funcionário e dois de homicídio qualificado agravado, na forma tentada.

O outro arguido  — adianta o Tribunal de Santarém  — está fortemente indiciado de um crime de roubo, um de sequestro, um de condução perigosa de veículo rodoviário, um de resistência e coacção sobre funcionário e dois crimes de homicídio qualificado agravado, na forma tentada.

Ambos os arguidos já foram conduzidos ao estabelecimento prisional onde aguardarão o desenrolar do processo em prisão preventiva.

A troca de tiros aconteceu na sexta-feira, na sequência de uma perseguição iniciada pouco antes das 10h00 na ponte Vasco da Gama, na região de Lisboa, quando três homens que seguiam numa viatura desobedeceram a uma ordem de paragem.

A viatura acabou por se despistar no Porto Alto, no distrito de Santarém, e um dos homens saiu do carro empunhando uma arma e disparou em direcção aos militares da GNR, ferindo um deles com três tiros (dois numa perna e um num braço). Foi baleado pela GNR, acabando por morrer no local. Os restantes dois foram detidos.

Segundo noticia este domingo o Correio da Manhã, junto do corpo do fugitivo que foi abatido foi encontrada uma arma de calibre de guerra, mais concretamente uma pistola HK P7 de 9 mm, que as autoridades suspeitam ter sido adquirida no mercado negro.