Michael Palin fala da crueldade que a doença impõe a Terry Jones

Num post na sua página de Facebook, o Monty Python afirma que tem sido "doloroso ver o progresso da demência" diagnosticada ao velho companheiro do grupo de humoristas britânicos.

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Terry Jones vai ser homenageado na próxima gala dos BAFTA Cymru, no País de Gales Nuno Ferreira Santos

Michael Palin continua a encontrar-se regularmente com Terry Jones para uma refeição no pub frequentado pelo seu velho companheiro nos Monty Python. Michael conta que Terry “não fala muito mas sorri, ri, reconhece e responde” - “e eu fico sempre feliz por vê-lo”, diz, terminando com uma frase simples: “Que isso possa continuar por muito tempo”.

Aquela última frase, tendo em conta o contexto, é particularmente dura. A citação de Michael Palin foi retirada de um post que o humorista deixou na sua página de Facebook, poucos dias depois de ser revelado que Terry Jones, 74 anos, sofre de uma forma de demência, a afasia primária progressiva.

"Tem sido doloroso ver o progresso da demência", confessa Palin. A doença afectará a capacidade comunicativa de Jones e, escreve Michael Palin, tal “é o mais cruel que podia acontecer a alguém para quem palavras, ideias, argumentos, piadas e histórias foram num tempo a matéria da vida”.

A notícia da doença de Terry Jones, co-fundador dos Monty Python e realizador ou co-realizador dos seus muito celebrados filmes, Em Busca do Cálice Sagrado, A Vida de Brian e O Sentido da Vida, foi dada esta terça-feira, quando do anúncio da próxima gala dos BAFTA Cymru, extensão galesa dos BAFTA, os prémios da academia de cinema e televisão britânica, na qual o humorista e actor receberá uma distinção especial pela sua “contribuição extraordinária para o cinema e televisão”. A cerimónia terá lugar dia 2 de Outubro.

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