Avelino Ferreira Torres assume candidatura em Amarante com ou sem CDS
Militante do CDS presidiu à Câmara de Marco de Canaveses entre 1983 e 2005.
O antigo presidente da Câmara de Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres, disse esta segunda-feira à Lusa que vai ser candidato em Amarante em 2017, mas ainda não decidiu se o faria pelo CDS ou à frente de uma lista independente.
"Vou decidir dentro de dias. Quer de uma maneira quer de outra sou candidato", comentou, enquanto afirmava ter "muitos apoios" já assegurados naquele concelho. "Sou assediado todos os dias para ser candidato em Amarante", vincou. Avelino Ferreira Torres, actualmente com 70 anos, é natural de Rebordelo, uma freguesia de Amarante.
À Lusa, o ex-autarca afirmou que já ultrapassou os problemas de saúde que o apoquentaram nos últimos anos e que agora está pronto para avançar, de novo, para a candidatura à presidência da Câmara de Amarante. "A idade não perdoa. Estou na fase do ou sim ou sopas", afirmou.
Torres presidiu à autarquia vizinha de Marco de Canaveses entre 1983 e 2005, eleito em listas do CDS, ano em que deixou o cargo para se candidatar, como independente, à Câmara de Amarante, a sua terra natal. No intenso combate que então travou, à frente do movimento "Amar Amarante", com o presidente socialista Armindo Abreu e o social-democrata Luís Ramos, acabou por sair derrotado (27,6%), apesar de ter contribuído para o PS, com 41,9%, ter perdido a maioria absoluta.
Questionado esta segunda-feira pela Lusa sobre se será possível uma candidatura pelo CDS em Amarante, partido do qual é militante, admitiu esse cenário, mas disse que ainda não estabeleceu contactos com a estrutura local dos democrata-cristãos. A propósito do seu partido de sempre, afirmou: "Uma coisa é ter um candidato ganhador, outra é ter um candidato para ser eleito vereador". Torres referia-se ao facto de o CDS de Amarante poder ter a ambição de em 2017 eleger um vereador, no contexto da coligação que mantém com o PSD, a mesma que em 2013 permitiu conquistar a câmara ao PS, embora sem maioria absoluta.
Sobre o que o motiva nesta recandidatura a Amarante, recordou a sua ligação à terra onde nasceu e o facto de se achar capaz de fazer coisas no concelho que já deveriam ter sido realizadas há décadas.
Preferindo não avançar com situações concretas, alegando que "o segredo é a alma de negócio", Torres lamentou, não obstante, que Amarante tenha perdido a importância de outrora, nomeadamente em relação à cidade vizinha de Vila Real.
À Lusa, prometeu que a sua candidatura só vai ser apresentada formalmente na Primavera de 2017.