Dilma destituída da Presidência do Brasil mas pode concorrer a eleições

Senado aprova destituição com 61 votos a favor e 20 contra.

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Dilma Rousseff vai falar ao país Uselei Marcelino/Reuters

Dilma Rousseff foi destituída da Presidência do Brasil. Na votação no Senado, houve 61 votos a favor do seu afastamento definitivo e 20 contra. Michel Temer, que era seu vice-presidente e já ocupava interinamente o cargo desde Maio, quando Rousseff foi suspensa para ser julgada por crime de responsabilidade por irregularidades orçamentais, vai tomar posse como chefe de Estado ainda nesta quarta-feira.

Dilma Rousseff vai falar na tarde desta quarta-feira ao país.

Após um requerimento apresentado pelo Partido dos Trabalhadores, e aceite por Ricardo Lewandowski, o presidente do Supremo Tribunal, que conduz os trabalhos, a pergunta foi dividida em duas partes.

Na primeira votação (em que houve 61 votos a favor e 20 contra), os senadores responderam à pergunta: "Cometeu a acusada, a senhora Presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos na instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo."

Numa segunda votação os senadores pronunciaram-se sobre se Dilma fica "em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos". Nesta votação, houve 42 votos a favor, 36 contra e três abstenções. Como não foram atingidos os dois terços, Dilma mantém os seus direitos políticos, podendo, por exemplo, concorrer a eleições.

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