As autoridades turcas detiveram um jornalista do jornal turco Hürriyet e foram emitidos mandados de captura para mais 35 pessoas, incluindo jornalistas, ainda em relação com a tentativa de golpe de Estado de 15 de Julho. Um ex-chefe da polícia e vários governadores terão também sido detidos, diz ainda a Al-Jazira.

Dincer Gokce, um dos editores do Hürriyet um dos maiores jornais da Turquia, é o jornalista que se sabe com certeza ter sido detido. Outro era Murat Aksoy, que trabalhou no jornal pró-governo Yeni Safak, mas que também aconselhou o principal partido da oposição secularista, o CHP.

Outros visados são jornalistas que tiveram cargos dirigentes em jornais como o Daily Zaman, ilegalizados e encerrados, por terem ligações ao movimento de Fethullah Gülen, imã radicado nos EUA, considerado pelo Governo de Recep Erdogan de estar por trás do golpe de Estado. Gülen, que vive nos Estados Unidos, desmente.  

Segundo a Federação Europeia de Jornalistas, mais de 130 meios de comunicação foram encerrados na Turquia pelo Governo. Neste momento, há 116 jornalistas jornalistas nas prisões turcas. 

Mais de 40 mil pessoas foram presas e pelo menos metade foram formalmente acusadas desde o golpe. A “purga” de Recep Tayyip Erdogan levou também ao afastamento de muitos professores, das universidades, do Ministério Público, da polícia. Cerca de 80 mil pessoas que trabalhavam no sector público foram já demitidas ou suspensas. 

Esta terça-feira, chegou num bote com imigrantes à ilha de Chios, na Grécia, um juiz turco de 48 anos que pediu asilo político, dizendo ser perseguido pelo Governo de Erdogan.

De acordo com a agência de notícias estatal Anadolu, a polícia conduziu uma investigação nas cidades de Istambul, Ancara e Izmit. 

Os suspeitos são acusados de apoiarem a FETO (Organização de Terror Fethullah, na designação adoptada pelas autoridades turcas) de Gülen através dos cargos que desempenham e das redes sociais que utilizam. Segundo o Governo turco,