Carro-bomba mata pelo menos 11 pessoas junto a esquadra na Turquia
Autoridades atribuem o ataque ao partido curdo PKK.
Um carro-bomba explodiu junto a uma esquadra da polícia em Cizre, no Sudeste da Turquia e junto à fronteira com a Síria, numa zona de maioria curda. Pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na manhã desta sexta-feira, divulgaram as autoridades locais.
A Anadolu, a agência noticiosa estatal, atribui o ataque ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo que há três décadas luta pela autonomia curda e tem-se envolvido em confrontos, quase diários, com as forças de segurança. Horas mais tarde, o governador de Sirnak, a que pertence a cidade de Cizre, veio também apontar o dedo ao PKK. No entanto, ainda ninguém reivindicou o ataque.
A CNN turca, citada pela Reuters, revela que uma dúzia de ambulâncias e dois helicopteros foram enviados para o local e que fontes hospitalares começaram por dizer que nove pessoas tinham perdido a vida. Mais tarde, um porta-voz do hospital disse serem oito as vítimas mortais. Mais tarde, esse número subiu para 11. Entretanto, o ministro da Saúde, Recep Akdag, confessou que o número de mortos é incerto, que mais de 70 pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado crítico. O governante não avançou se as vítimas eram civis ou militares.
Imagens transmitidas pela NTV mostram um edifício de três andares reduzido a escombros, sem paredes nem janelas.
Recorde-se a decisão turca de entrar na Síria com o apoio dos rebeldes do país vizinho, numa tentativa de afastar o Estado Islâmico da sua fronteira, assim como as milícias curdas YPG, que Erdogan diz serem uma extensão do PKK, considerado uma organização terrorista não só pela Turquia, mas também pelos EUA e UNião Europeia.