Governo iraquiano diz colaborar com autoridades portuguesas no caso de Ponte de Sor

Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque promete tomar as medidas necessárias. Suspeitos já terão saído de Portugal, de acordo com o Correio da Manhã.

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A agressão aconteceu na Avenidade da Liberdade em pleno centro de Ponte de Sor Pedro Elias

O Governo do Iraque pronunciou-se pela primeira vez neste fim-de-semana sobre os acontecimentos de Ponte de Sor nos quais os dois filhos do embaixador iraquiano em Portugal são suspeitos de uma grave agressão contra um rapaz de 15 anos que permanece em coma induzido no Hospital Santa Maria em Lisboa.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros segue de perto, com preocupação, o que surgiu na sequência da acusação aos dois filhos do seu embaixador em Portugal. Iniciou uma investigação para conhecer mais detalhes desde incidente e juntar informação veiculada pelos meios de comunicação social", lê-se na mensagem publicada no sábado numa página oficial na Internet.

O ministério iraquiano "reitera a sua vontade de manter a eficiência das suas missões diplomáticas, a sua boa reputação e solidez das suas relações com todos os Estados, incluindo Portugal" e "confirma a colaboração com as autoridades portuguesas e com a equipa da embaixada do Iraque em Lisboa para tomar as medidas necessárias em relação à acusação".

Ao PÚBLICO o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse que tinham sido iniciados contactos informais por via diplomática entre as autoridades dos dois países e garantiu não saber se os dois suspeitos já teriam ou não deixado Portugal, sendo eles livres de o fazer por gozarem de imunidade diplomática e não sendo o chefe da diplomacia “a autoridade judicial”. E garantiu que solicitaria o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador, se "for necessário, para que seja feita justiça relativamente a este caso", que considera "gravíssimo".

Sobre esse assunto o Ministério da Administração Interna esclarece que “a investigação desse caso é da responsabilidade e competência exclusiva da Polícia Judiciária (PJ), pelo que não há qualquer esclarecimento a fazer” sobre a eventual saída dos suspeitos. Também contactada, a PJ não respondeu às perguntas do PÚBLICO, depois de o Correio da Manhã dizer na sua edição deste domingo que a PJ perdeu o rasto a filhos do embaixador, admitindo as autoridades que estes terão saído de carro para Madrid.

 

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