Tailândia vai ter eleições em Novembro de 2017

Depois da nova Constituição ter sido aprovada em referendo no domingo, o general Prayuth Chan-ocha anunciou uma data para a realização de eleições.

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O chefe da junta militar tailandesa, Prayuth Chan-ocha, anunciou a data das próximas eleições: Novembro de 2017 AFP/LILLIAN SUWANRUMPHA

O general tailandês Prayuth Chan-ocha, chefe da junta militar que governa o país, anunciou esta terça-feira a marcação de eleições para Novembro de 2017.

“Vamos contar hoje como o ‘dia um’ no calendário do roteiro. Se seguirmos o roteiro, o processo fica completo em Novembro de 2017. Porquê que as eleições seriam em 2018?”, assegurou Prayuth, citado pela Associated Press.Em declarações à imprensa, o líder militar fez questão de desmentir a hipótese de um atraso do calendário eleitoral até 2018, dizendo que seguiria o roteiro estabelecido para a democracia.

O primeiro-ministro e chefe do exército, Prayuth, já tinha anunciado a realização de eleições gerais para os generais devolverem a democracia aos civis, quando no passado domingo foi aprovada uma nova Constituição em referendo. No entanto, o novo texto fundamental garante que os generais vão continuar a ter controlo sobre o próximo Governo. 

Desde o golpe de Estado de 2014 – que derrubou o Governo de Yingluck Shinawatra – a Tailândia é governada por uma junta militar. A nova Constituição aprovada no domingo em referendo por uma maioria de 67% (com a participação de 55% do eleitorado) continua a permitir o controlo militar. O Senado será nomeado, podendo escolher um primeiro-ministro que não tenha sido eleito. Prayuth não afastou a hipótese de voltar a ser primeiro-ministro se o Senado assim o entender. “Não me cabe a mim a decisão. Perguntem aos partidos políticos”, respondeu quando questionado sobre este assunto.

Não foi permitida qualquer campanha contra a nova Constituição – a junta militar considerou que quem se opunha não sabia expressar a sua opinião. Desde 2014 que vários partidos políticos foram banidos e centenas de pessoas foram detidas e afastadas da política tailandesa. Quando questionado se a proibição, que actualmente afecta vários partidos políticos, seria suspensa para o acto eleitoral do próximo ano, o general respondeu que o faria “quando o país estivesse em paz”. “Quando as novas leis forem elaboradas de acordo com a nova Constituição, veremos”.

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