GNR apreende mais de duas toneladas de haxixe no Algarve
Na Via do Infante, um polícia e dois supostos traficantes ficaram feridos numa troca de tiros.
Três homens ficaram feridos, entre os quais um agente da Unidade Especial de Polícia da PSP de Faro, na madrugada desta quarta-feira, numa troca de tiros entre alegados traficantes de droga e a polícia, à saída da Via do Infante, em Moncarapacho/Olhão. A operação, desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ) em colaboração com a PSP, decorreu quase em simultâneo com uma apreensão de mais de duas toneladas de haxixe em Cabanas de Tavira, efectuada pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR.
No desembarque da droga, na ria Formosa, a GNR deteve um cidadão espanhol, de 46 anos, quando estava a descarregar 70 fardos de haxixe provenientes de Marrocos. Segundo o comandante da Unidade de Controlo da GNR, Bruno Cordeiro, dois ou três dos ocupantes da embarcação que transportou a droga fugiram. O barco, com matrícula espanhola, e uma carrinha, estacionada em Cabanas, foram apreendidos. “Presume-se que o cidadão espanhol seria o condutor do veículo, pois tinha as chaves do carro no bolso e foi interceptado junto ao mesmo”, disse à agência Lusa, adiantando que a operação apenas foi dada por terminada durante a madrugada.
Na Via da Infante, a barreira policial montada pela PSP tinha por objectivo deter outro homem, de 32 anos e residente em Olhão, com cadastro por tentativa de homicídio e sobre o qual recaía um mandato de captura. Ao sinal de paragem da polícia, o suspeito, que se fazia acompanhar por outra pessoa, encetou uma tentativa de fuga. Daí resultou uma troca de tiros entre a polícia e os fugitivos que deixou o condutor e o seu companheiro feridos, aparentemente sem gravidade. Os dois homens foram detidos no local.
A seguir, cerca das 2h, no Bairro dos Índios, em Olhão, a PSP executou oito buscas domiciliárias, vindo a deter mais seis pessoas. Do conjunto de provas recolhidas, disse fonte da PSP ao PÚBLICO, foi encontrada droga no interior da viatura, vinda supostamente de Espanha. A actividade desta alegada “rede doméstica” de tráfico de estupefacientes vinha a ser seguida pela PJ desde há algum tempo.