Croácia deixa fugir vantagem de dois golos em 14 minutos

República Checa conseguiu chegar à igualdade já depois dos 90', num jogo que esteve interrompido por breves momentos.

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A Croácia esteve muito perto de reservar desde já um lugar nos oitavos-de-final do Euro 2016, mas uma ponta final atribulada permitiu à República Checa chegar a um empate que parecia improvável (2-2), em Saint-Étienne, na 2.ª jornada do Grupo D.
Os croatas assumiram, sem complexos de qualquer ordem, o comando do jogo, escondendo a bola com perícia e dominando uma República Checa incapaz de, sequer, fazer pegar o motor de arranque.

O domínio era evidente, mas não tinha correspondência em termos de lances de perigo, pelo que Petr Cech ia recolhendo algumas bolas, mesmo tendo deixado escapar um cruzamento largo de Strinic, com Mandzukic a não conseguir aproveitar a falha do guarda-redes.

Srna e Strinic sentiam confiança para investir e confundiam-se com os extremos, avolumando os problemas checos, que adiaram o primeiro golo na sequência de lance individual de Rakitic, a anunciar o inevitável.

Com Rosicky a tentar fazer fluir a transição, mas a esbarrar invariavelmente na pressão alta dos croatas, percebia-se que à mínima falha tudo poderia ruir. E o golo croata nasceu, mesmo, de um erro na saída para o ataque, com Plasil a oferecer uma vantagem de quatro para três ao adversário e Perisic a conduzir o lance e a rematar sem hipóteses para Cech (37’).

Golo que teve o condão de picar os checos, que dois minutos depois reclamavam uma grande penalidade sobre Lafata, ceifado no pé de apoio mesmo à entrada da área, embora o árbitro nada tivesse assinalado. Aos croatas competia suster este ímpeto até chegar o intervalo, mas Vida foi à área de Cech falhar por pouco.

A segunda parte não trouxe grandes alterações e, aproveitando novo erro de transição, no corredor de Srna, a Croácia acabaria por confirmar, com um golo de classe de Ivan Rakitic, a passe do lateral-direito, uma supremacia evidente, aos 59’. Pura ilusão de óptica, que se confirmou quando Cacic foi obrigado a retirar Modric de campo, por lesão. Coincidência ou não, o jogo não estava decidido. Mandzukic falhou clamorosamente o 3-0, dando sentido à entrada de Milan Skoda, para o lugar de Lafata, a obrigar a Croácia a manter o estado de alerta. Rosicky puxou dos galões e cruzou à Quaresma, para Skoda reduzir num violento golpe de cabeça (76’), deixando o jogo em aberto até final.

Já nos últimos cinco minutos, o sector de adeptos croatas “incendiou” o relvado com tochas, obrigando à interrupção da partida.

E, quando o jogo foi retomado, a confiança checa saiu reforçada com um lance em que Vida tocou a bola com a mão, na grande área croata: na marcação da grande penalidade, Tomas Necid — também ele na condição de suplente utilizado — igualou a o encontro, aos 90+2’. O final foi de absoluta incerteza, com a República Checa a ameaçar mesmo a reviravolta, que Subasic não permitiu.

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