Taxistas mantêm-se em protesto no Parlamento até Governo os receber
Representantes do sector saíram insatisfeitos da reunião com deputados.
Os representantes do sector dos táxis saíram insatisfeitos da reunião da comissão parlamentar de Economia e exigem que o Governo lhes dê explicações. Até lá, prometem manter-se em protesto frente à Assembleia da República.
“Nós não saímos daqui enquanto um membro do Governo não vier aqui garantir que isto vai ser resolvido rapidamente”, afirmou Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL. Florêncio de Almeida mostrou-se insatisfeito com o que ouviu na reunião em que estiveram a chefe de gabinete do Presidente da Assembleia da República, Maria José Ribeiro, o presidente da Comissão de Economia, Hélder Amaral (CDS), e a vice-presidente da mesma comissão, a socialista Hortense Martins. “Isto não é nada. O que já ouvimos hoje já sabíamos”, disse o responsável da ANTRAL.
Hélder Amaral referiu que existem duas petições no Parlamento, uma pró Uber e outra a favor dos táxis, que serão discutidas em plenário por excederem o número mínimo de assinaturas (quatro mil) necessárias. “O que dissemos é que para o Parlamento, para a comissão e para o partido que eu represento, é que é um sector fundamental para a economia", disse o deputado, defendendo que deve haver “tolerância zero para os que não cumprem a lei até que se mude a lei”. O deputado sustentou que “se estude, que se oiça os intervenientes e que se faça pesquisa na União Europeia”, com vista a encontrar uma solução “que ponha estes dois interesses em pé de igualdade”.
As promessas de encontrar uma solução mas sem um limite temporal definido não agradaram também a Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, que quer também uma explicação por parte do Governo. “Não há fiscalização quando não se cumpre a lei”, disse, manifestando também a intenção de manter o protesto.