Mais do que uma estação de metro, a Reboleira é "uma porta de mobilidade"

Na inauguração do prolongamento da Linha Azul do metro de Lisboa, o ministro do Ambiente manifestou a expectativa de que a Carris "seja uma empresa da Câmara de Lisboa" a partir de 1 de Janeiro de 2017

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Miguel Manso
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“Muito mais do que uma ligação ao centro de Lisboa”, a estação do Metropolitano na Reboleira, no concelho da Amadora, “é uma obra fundamental, que representa um salto qualitativo na intermodalidade dos transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa”. Quem o diz é o primeiro-ministro, que esta quarta-feira inaugurou o prolongamento da Linha Azul.

António Costa aproveitou a ocasião para “reafirmar, com toda a clareza” que as competências ao nível dos transportes públicos “são para serem exercidas por entidades públicas e devem ser descentralizadas para os municípios e para a Área Metropolitana de Lisboa”. “Mudei de funções mas não deixei de pensar o que pensava”, frisou, referindo-se aos mais de sete anos em que ocupou a presidência da Câmara de Lisboa.

“O Estado tem muito em que se concentrar”, continuou António Costa, defendendo que este “tem que deixar de fazer o que os municípios e as áreas metropolitanas estão em melhores condições de fazer”. E as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, acrescentou, devem ser “politicamente legitimadas e reforçadas pelo voto dos cidadãos”, algo que está previsto que aconteça já nas eleições de 2017.

“Cabe ao poder local organizar os transportes locais e metropolitanos”, sustentou por sua vez o ministro do Ambiente. Na sua intervenção, Matos Fernandes referiu-se especificamente ao caso da Carris. A sua expectativa é que esta “seja uma empresa da Câmara de Lisboa” a partir de 1 de Janeiro de 2017.

Para o governante, a abertura da estação de metro da Reboleira “é um marco importante na história do Metropolitano de Lisboa” e “um momento de especial relevância para a Área Metropolitana da capital”. Com “quase um quilómetro de prolongamento”, a extensão da Linha Azul agora inaugurada terá, em sua opinião, “um impacto muito significativo no mapa de acessibilidades do concelho da Amadora e na qualidade de vida dos seus habitantes”.

Sublinhando que neste ponto se faz a ligação entre a rede do metro e a linha de comboios de Sintra, Matos Fernandes manifestou a expectativa de que o investimento feito contribua para “descongestionar o IC19” e “atrair mais pessoas para os transportes públicos”.

De acordo com a Transportes de Lisboa, este prolongamento do metro representou um investimento de 60 milhões de euros, dos quais 43 milhões foram financiados pelo Fundo de Coesão da União Europeia. A partir de agora, será possível chegar da Reboleira ao Marquês de Pombal em 19 minutos e da Reboleira à Baixa-Chiado em 24 minutos.

Para o presidente da empresa, a estação da Reboleira constitui "uma nova porta de mobilidade", que vai contribuir para tornar a rede do metro "mais coerente, integrada e funcional". "Não é apenas mais uma estação, é um interface intermodal", sublinhou Tiago Farias, falando num "marco incontornável da história da mobilidade integrada". 

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