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O que se sabe das vítimas dos atentados de Bruxelas?

Há ainda muitos desaparecidos, e apenas alguns nomes de vítimas mortais, que são de vários pontos do globo.

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O basquetebolista Sebastien Bellin ferido no chão Reuters
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A imagem do jogador ferido foi das primeiras a ser divulgadas Reuters

Ainda se sabe muito pouco da identidade das 32 vítimas dos atentados bombistas de Bruxelas, mas uma das histórias de que mais se sabe até agora é a de Adelma Tapia Ruiz, uma peruana de 36 anos que ia viajar com as suas filhas gémeas de três anos para visitar a sua mãe, em Nova Iorque.

As filhas, Maureen e Alondra, sobreviveram às bombas no aeroporto, uma delas com ferimentos, mas Adelma Tapia, que vivia há nove anos em Bruxelas, morreu na explosão. O marido, Christopher Delcambe, que tinha ido pô-las ao aeroporto, ficou também ferido.

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Adela Tapia e o marido, Christopher Delcambe DR

A morte de Adelma Tapia foi confirmada pelo seu irmão mais velho, Fernando Tapia Coral, no Facebook. “Esta manhã a minha irmã morreu no ataque terrorista, num ataque jihadista que nunca poderei compreender”, afirmou. 

A história de quatro missionários mórmones que ficaram feridos pela explosão no aeroporto, três deles em estado grave é outra das mais impressionantes. Um deles, Mason Wells, de 19 anos, já sobreviveu a três atentados: estava a apenas um quarteirão do ataque à maratona de Boston em 2013, pelos irmãos Tsarnaev, e estava em Paris a 13 de Novembro, na altura dos atentados concertados do Estado Islâmico.

Os dois missionários que ficaram em estado grave são Richard Norbi, de 66 anos, e Joseph Empey, de 20 anos, ambos do Utah. 

As fotografias do ex-jogador de basquetebol da selecção da Bélgica Sebastien Bellin, de 37 anos, ferido e no chão, coberto de lixo da explosão no aeroporto, com sangue à volta das pernas, foram das primeiras a ser divulgadas. Apesar de ter dois metros de altura, foi atirado ao ar pela força das explosões, e ficou ferido na perna esquerda e na anca, explicou o seu pai, Jean Bellin, citado pela BBC.

“O meu filho está bem, dentro do possível”, disse Jean Bellin à CNN. “Já fez uma primeira operação, mas perdeu muito sangue. Esteve uma hora sem ajuda no chão do aeroporto”, explicou. O pai de Sebastien Bellin, que vive na Califórnia, contou ter sabido o que aconteceu ao filho – de origem brasileira – quando viu as notícias do atentado na televisão.

Os irmãos americanos Alexander e Sascha Pinczowski estavam a falar ao telefone com um amigo, no aeroporto, quando as bombas rebentaram. Desde então, as famílias e amigos não tiveram mais notícias destes dois estudantes, diz o jornal britânico The Telegraph.

Outra das mortes já conhecidas é a de Leopold Hecht, um estudante de direito de 20 anos, na Universidade Saint Louis, em Bruxelas, que estava no metro no momento do atentado. O seu irmão colocou um post no Twitter à procura dele – mas acabou por descobrir que ele tinha morrido, em resultado dos ferimentos que sofreu. 

Os amigos da belga Sabrina Fazal que tem um filho de 12 meses, colocaram no Facebook um apelo em busca de informações sobre ela. O seu telemóvel foi encontrado ao pé da estação de Maelbeek, um dos locais do atentado.

Raghavendra Ganeshan, um cidadão indiano que trabalha para a empresa de tecnologia Infosys (também indiana) em Bruxelas está também desaparecido desde a altura dos atentados. A ministra dos Assuntos Exteriores, Sushma Swaraj, disse no Twitter que tinha falado com a mãe dele e garantiu que estão a ser feitos todos os esforços para localizar o seu filho. 

Olivier Delespesse, um funcionário da Federação da Valónia-Bruxelas, é outra das primeiras vítimas identificadas. Morreu na estação de metro de Maelbeek. A sua morte foi anunciada pelo organismo para o qual trabalhava.

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