Filipe Lobo d´Ávila apresenta lista ao Conselho Nacional

Porta-voz do CDS, que apoiou Nuno Melo à liderança do partido, subscreve uma moção global ao congresso.

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Assunção Cristas neste sábado à chegada ao congresso do CDS Rui Farinha/NFactos

Um grupo de dirigentes, deputados e ex-deputados, alguns dos quais próximo do actual vice-presidente do CDS, Nuno Melo, vai apresentar uma lista ao Conselho Nacional (CN), cujo primeiro subscritor é Filipe Lobo d`Ávila, porta-voz do partido.

“Apresentamos uma lista ao Conselho Nacional para sermos consequentes com aquilo que consta da moção global que apresentamos ao Congresso, denominada Juntos pelo Futuro: Compromisso com as Pessoas”, justifica, em declarações ao PÚBLICO, Marcelo Mendes Pinto, ex-vice-presidente da distrital do Porto do CDS.

A lista ao Conselho Nacional é subscrita por várias distritais, como Braga, Coimbra, Setúbal, Viana e Viseu e por algumas concelhias do partido que entendem que se justifica uma lista alternativa numa altura em que a haverá uma nova liderança no partido, Para além de Filipe Lobo d` Ávila e de Marcelo Mendes Pinto, a lista conta com o apoio de João Casanova (que foi secretário de Estado da Educação no anterior Governo), Raul Almeida (ex-deputado), Sílvio Cervan (ex-líder da distrital do Porto), Manuel Maio (que já presidiu à concelhia portuense do partido), entre outras figuras democratas-cristãs.

 A moção global que este grupo trouxe a debate ao primeiro dia do XXVI Congresso do CDS, que decorre em Gondomar, foi apresentada por Filipe Lobo d` Ávila que subiu ao palco do Pavilhão Multiusos de Gondomar para defender os valores do partido. “Esta é uma moção provocatória!”, declarou, deixando um recado para a nova direcção de Assunção Cristas: “Os militantes não servem só para compor as mesas nem para encher autocarros”.

“Esta moção é um lavar de alma para todos aqueles que acreditam num CDS de valores, comprometido com a família, com a descentralização do Estado, com o envelhecimento activo, com uma política de mérito”, proclamou, dizendo que os que subscrevem o documento querem “um partido comprometido com a sua identidade. Um partido definido politicamente”.

Filipe Lobo d`Ávila afirmou, por outro lado, que não veio ao congresso pedir lugares ou apresentar qualquer tipo de imposição à futura presidente do partido. “Aquilo que fiz foi trazer um contributo para afirmar os valores de sempre do CDS, mas também que possa assumir compromissos concretos com as pessoas, que não sejam catavento em função daquilo que interesse num determinado momento, consoante a brisa do momento”.

Diz que o “CDS deve sair deste congresso mais forte”. “O nosso contributo – a moção que apresento - visa, isso sim, que o CDS possa ser mais compreendido pelas pessoas lá em casa”.

Quanto à futura líder, que será eleita domingo, o dirigente nacional espera que Assunção Cristas seja uma “excelente presidente que consiga agregar toda a diversidade do CDS, na diferença, mas com unidade”.

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