UE aprova fundo de 3000 milhões de euros para os refugiados na Turquia

Itália conseguiu promessa de que as contribuições de cada país para o fundo seriam retiradas do cálculo do défice.

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Loja com coletes salva-vidas na Turquia, comprados pelos refugiados que tentam cruzar o Mediterrâneo para chegar à Grécia YASIN AKGUL/AFP

A União Europeia deu finalmente luz verde ao fundo de três mil milhões de euros para a Turquia, para melhorar as condições de vida dos cerca de 2,5 milhões de refugiados da guerra da Síria que ali estão a viver, em troca de Ancara se empenhar em garantir que menos pessoas fazem a viagem até às fronteiras do espaço europeu para pedir asilo.

Isto foi possível depois de Itália ter deixado cair a sua oposição ao plano, que tinha sido acordado com a Turquia em Novembro. Roma só acabou com o bloqueio ao conseguir a promessa de que as contribuições de cada país para o fundo seriam retiradas do cálculo do défice de cada governo.

A braços com uma economia em dificuldades e uma dívida difícil de controlar, Itália, uma das portas de entrada de refugiados e migrantes na Europa, pretendia alargar esta isenção do controlo orçamental a outros gastos relativos à migração. O Governo italiano tinha como alvo uma soma de cerca de 3,2 mil milhões de euros este ano. A Comissão Europeia recusou-se a aceitar um valor à cabeça – cada gasto será analisado separadamente.

Após estas negociações, todos os 28 países da União Europeia deram o seu voto ao fundo com a Turquia. Melhorar a saúde, a alimentação e a educação dos refugiados que estão na Turquia, permitindo-lhes ficar mais perto do seu país, é o objectivo deste acordo, sublinhou o comissário da Política de Vizinhança e Alargamento, Johannes Hahn.