Polícia mexicana volta a capturar o traficante El Chapo
Joaquín Guzmán fugiu de uma cadeia de alta segurança em Julho de 2015, através de um túnel.
As autoridades do México capturaram El Chapo, considerado "o mais icónico traficante de droga dos tempos modernos".
Joaquin Guzmán, líder do poderoso cartel de droga de Sinaloa, escapara da prisão de Altiplano, perto da Cidade do México, em Julho de 2015.
El Chapo, como é conhecido mundialmente, era um dos homens mais procurados pelo México e pelos EUA quando foi detido, pela segunda vez, em 2014, depois de 13 anos em fuga – já tinha sido detido em 1993, na Guatemala. No ano passado fugiu através de um túnel, com mais de um quilómetro, que fazia parte do sistema de ventilação da prisão.
El Chapo, um traficante maior do que a sua altura e mais pequeno do que o mito
O anúncio da captura do traficante de droga foi feito pelo Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, através da sua conta no Twitter.
Misión cumplida: lo tenemos. Quiero informar a los mexicanos que Joaquín Guzmán Loera ha sido detenido.
— Enrique Peña Nieto (@EPN) January 8, 2016
Segundo a Marinha mexicana, cinco pessoas morreram e seis foram detidas durante a operação de captura de El Chapo, que decorreu na cidade de Los Mochis, no estado mexicano de Sinaloa.
Em 2001, Joaquin Guzmán fugia da prisão de Puente Grande, com a ajuda dos guardas. Preso desde 1993, o líder do cartel de Sinaloa enfrentava acusações de homicídio e tráfico de droga. Evadiu-se, segundo os media mexicanos, dentro de um carrinho da lavandaria. Este episódio e os 13 anos de fuga que lhe seguiram, até ser de novo apanhado pelas autoridades do México, valeram a El Chapo um estatuto quase lendário, dentro e fora do país.
Entre 2001 e 2014, tornou-se o traficante de narcóticos mais poderoso do mundo e criou uma fortuna astronómica, através de uma complexa rede de produção e distribuição de droga, que incluía diferentes regiões do globo, do Afeganistão à Austrália passando pela Europa e por várias cidades dos Estados Unidos. O seu poder atingiu tais proporções que a revista Forbes colocou-o na lista das pessoas mais influentes do mundo, à frente dos presidentes de França e da Venezuela.