Jesus volta a bater Lopetegui e recupera liderança

O Sporting derrotou o FC Porto em Alvalade e impôs a primeira derrota aos "dragões" esta época para o campeonato.

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Slimani marcou os dois golos do jogo Francisco Leong/AFP
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Casillas Patrícia de Melo Moreira/AFP
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O Sporting de Jesus foi mais forte do que o FC Porto de Lopetegui Hugo Correia/Reuters
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Adrien e Brahimi Rafael Marchante/Reuters
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Adrien e Brahimi, parte II Rafael Marchante/Reuters
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Aglomeração de jogadores - quem chega primeiro à bola? Patrícia de Melo Moreira/AFP
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O desalento de Brahimi Francisco Leong/AFP

Durou apenas 13 dias a liderança do FC Porto do campeonato e o Sporting voltou ao comando da prova depois de bater, neste sábado, os “dragões” no Estádio José Alvalade, por 2-0.

Slimani foi a figura do encontro com um golo em cada metade que permitiu aos “leões” afirmarem-se como um dos mais fortes candidatos ao título desta temporada. Foi o segundo triunfo de Jorge Jesus em três duelos com Julen Lopetegui, que saiu de Lisboa com uma posição ainda mais enfraquecida perante os adeptos da sua equipa.

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O triunfo “leonino” foi justo e premeia a atitude e a combatividade da equipa da casa em todo o encontro. Os “dragões” equilibraram o jogo em várias fases, mas poucas vezes levaram perigo à baliza de Rui Patrício e quando o fizeram o guarda-redes sportinguista resolveu com categoria. O risco rondou sempre mais as redes contrárias, que abanaram duas vezes e não mais, porque a barra, o poste e Casillas evitaram uma diferença maior no marcador.

Foi Jorge Jesus quem tirou da cartola a grande surpresa para o clássico de Alvalade, ao chamar à titularidade o jovem Matheus Pereira. Uma pérola da formação “leonina”, de apenas 19 anos, que tinha, até então, apenas 52 minutos no campeonato, divididos por quatro encontros. Com o brasileiro e João Mário a ocuparem as alas, Bryan Ruiz foi desviado para o corredor central para jogar nas costas de Slimani.

Já Julen Lopetegui repetiu o “onze” que defrontou a Académica na última jornada de 2015 (3-1) e que lhe deu a liderança isolada do campeonato, apostando em Corona, um extremo puro, em detrimento de André André, um falso ala, que lhe permitiria, na prática, dispor de um quarto médio para equilibrar a luta no meio campo. E esse foi um factor importante no primeiro tempo, com os “leões” a conseguirem superiorizar-se em vários momentos na zona intermediária, empurrar os “dragões” para perto da sua baliza e abortando à nascença a primeira fase de construção dos portuenses.

Numa partida electrizante e de grande intensidade desde o apito inicial, as duas equipas procuraram chegar à vantagem cedo, mas a vontade esbarrava com as cautelas defensivas de parte a parte que não permitiram muitos lances claros de golo. Mas emoção não faltou. A pressionar alto e com grande disponibilidade física, o Sporting chegou ao golo num lance de bola parada, aos 27’. Jefferson cobrou um livre na esquerda, com Slimani a cabecear para as redes, perante a passividade dos centrais adversários.

A reacção do “dragão” não tardou, mas antes ainda teve de suster a respiração depois de uma combinação entre Adrien e João Mário, proporcionar um remate forte do primeiro, travado por Casillas. No lance seguinte, Brahimi deixou Aboubakar na cara de Rui Patrício, com o camaronês a possibilitar uma grande defesa ao guarda-redes “leonino”.

O segundo tempo inverteu um pouco a situação, com o FC Porto a entrar mais pressionante, a subir o seu bloco, mas a esbarrar invariavelmente na muralha defensiva do Sporting, sempre muito agressiva à perda de bola.

O conjunto de Lopetegui não encontrava a chave para abrir o ferrolho “leonino” e abriu espaços na sua retaguarda que foram aproveitados pelos lisboetas para espreitar o segundo golo. Uma bola na barra (Slimani de cabeça), aos 64’, outra ao poste (Adrien de fora da área) serviram de introdução para o lance fatal, já aos 85’, que encerrou definitivamente as esperanças portistas. Isolado por Bryan Ruiz, Slimani voltou a bater Casillas.

Depois de três vitórias frente ao Benfica esta temporada, Jesus ultrapassou também o FC Porto e é cada vez mais aclamado em Alvalade que registou neste clássico a maior enchente da temporada.

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Em três jogos frente a Lopetegui, Jesus soma duas vitórias e um empate Rafael Marchante/Reuters
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