Socialistas da CGTP-IN alertam para “graves problemas” se PS apoiasse direita

Na resolução aprovada, lê-se que uma solução governativa à esquerda “não é fácil, nem simples” mas “é o único caminho coerente para concretizar os valores de esquerda do PS” e para Portugal retomar “o desenvolvimento económico e o progresso social”.

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António Costa pretende ser presidente da AML Enric Vives-Rubio

Numa resolução política em que dá “total apoio” ao secretário-geral do PS, António Costa, na “procura de uma solução governativa das esquerdas”, a corrente sindical socialista da CGTP-IN argumenta que “uma qualquer solução política que levasse o PS a apoiar um governo assumidamente da direita que realizou e pretende continuar a realizar uma política de direita, não só seria contra-natura” ideologicamente, “como demonstraria que o PS tinha perdido a sua autonomia estratégica na sociedade, o que, a prazo mais ou menos curto, criaria graves problemas internos na coesão do próprio partido”.

O documento deixa, por isso, claro, que apoiam “totalmente o secretário-Geral, António Costa, nos esforços que vem desenvolvendo para construir, com os restantes partidos da esquerda, uma plataforma política que projecte e suporte uma solução governativa das esquerdas”.

Sabem que uma solução destas “não é fácil, nem simples” mas “é o único caminho coerente para concretizar os valores de esquerda do PS e, simultaneamente, para criar as condições políticas suficientes para que Portugal retome o desenvolvimento económico e o progresso social”.

Por isso, disponibilizam-se “para continuar, no âmbito das suas funções enquanto sindicalistas e mantendo a sua autonomia, a apoiar firmemente as posições políticas do PS e do secretário-geral em direcção a um governo estável” que una as esquerdas.

Para o conselho nacional de coordenação da corrente sindical socialista da CGTP-IN, “a perda da maioria absoluta pela direita significa que o povo, especialmente os trabalhadores e trabalhadoras, rejeita frontalmente a política de austeridade e de empobrecimento geral praticada pelo PSD/CDS durante o seu governo”.

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