Câmara de Lisboa promete "intensificar o investimento" em 2016

Município garante que Plano de Drenagem "não vai parar", com ou sem fundos comunitários.

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António Prôa pediu “mais eficácia, mais transparência, mais respeito” no orçamento participativo Pedro Cunha

Do rol de investimentos programados para o próximo ano fazem também parte a requalificação de equipamentos desportivos (3,8 milhões de euros) e de habitação (24,75 milhões), bem como a continuação do programa Escola Nova (lançado em 2008 para renovar o parque escolar da capital), ao qual será afecta uma verba de 11,5 milhões de euros.

Também na frente ribeirinha prosseguirá o investimento feito nos últimos anos, com “cerca de 20 milhões de euros” dos quais, segundo o vereador das Finanças, três milhões provêm “directamente do município” e os restantes da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa.

O orçamento para 2016 é de 723,9 milhões de euros, valor que o vereador João Paulo Saraiva frisou assentar “numa receita que tem uma estimativa prudente”. “Vamos estar muito activos na procura de novas receitas”, garantiu, explicando que se se conseguir captar essas receitas há “projectos e actividades em carteira” no valor de 130 milhões de euros que estarão prontos para avançar.

Quanto ao Plano de Drenagem, o autarca dos Cidadãos por Lisboa admitiu ter ficado “surpreendido” com as informações recentemente divulgadas pelo vereador comunista João Ferreira, que apurou junto da Comissão Europeia que não está previsto qualquer financiamento ao abrigo do Fundo de Coesão.

“Estamos a desenvolver esforços para que essa informação seja precisada. Não queremos acreditar que seja verdadeira”, disse João Paulo Saraiva. Dúvidas à parte, o autarca assegurou que o processo de concretização do Plano de Drenagem “não vai parar”, podendo ser mais “mais lento” ou “mais acelerado” consoante seja feita exclusivamente com fundos próprios do município ou não.

Segundo o vereador, a autarquia fará em 2016 um investimento de cerca de cinco milhões de euros no dispositivo de protecção civil (cujos contornos serão apresentados em breve) e apostará ainda na melhoria das condições de trabalho dos funcionários municipais. “Esta é a menina dos meus olhos”, disse João Paulo Saraiva, adiantando que se promoverá a concentração dos trabalhadores em três pólos: Praça do Município, Campo Grande e Olivais.  

Em relação à dívida, o autarca dos Cidadãos por Lisboa explicou que reduzi-la, nomeadamente através da alienação de activos não estratégicos, é um dos pressupostos do orçamento, mas frisou que “Lisboa não é um município gordo”. “Tem pontos localizados de gordura”, acrescentou. De acordo com a proposta de orçamento agora apresentada, as despesas correntes deverão cair de 475,1 milhões de euros para 473,5 no ano que vem.

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