Passos Coelho reitera que subida do défice não exige medidas adicionais

Líder da coligação PSD/CDS mantém meta do défice para este ano abaixo dos 3%.

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Miguel Manso

A posição assumida vem no mesmo sentido do que tem sido afirmado pelo primeiro-ministro e pela ministra das Finanças sobre o agravamento do défice de 2014 gerado pela contabilização como despesa da injecção de capital no Novo Banco, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

“Ele [esse cálculo] não tem nenhum efeito na vida das pessoas nem traz nenhuma medida adicional  a não ser uma: como nós não nacionalizamos o Banco Espírito Santo e emprestámos dinheiro ao fundo de resolução para criar o Novo Banco, o que se passa é que o Estado até hoje já recebeu mais de 120 milhões de euros de juros que emprestou, o que significa que quanto mais tarde esse dinheiro regressar aos cofres do tesouro mais dinheiro em juros o país acumulará”, afirmou.

Em jeito de conclusão, rematou: "Não é dinheiro que não está parado, é dinheiro que está a render".

Questionado sobre se os dados divulgados não comprometem a expectactiva do Governo sobre a meta do défice para este ano, o primeiro-ministro respondeu: “Não, justamente, reforçam-na”.

Sublinhou que está a ser cumprido o que estava previsto no programa de estabilidade e que as indicações sobre os números de Agosto relativos à execução orçamental, que serão divulgados daqui a uns dias, são “bastantes positivas”, apontando para que a meta esteja ao alcance.

“A nossa meta é 2,7%  e estamos convencidos de que vamos ficar claramente abaixo dos 3%”, afirmou. Sem se referir directamente ao PS, Passos Coelho não deixou de lembrar: “Havia do lado da oposição uma visão catastrofista de que não iriámos atingir”.

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