Heroína é hoje droga de mulheres e brancos nos EUA

Autoridades falam de epidemia no consumo de uma doga que, até aos anos 2000 estava circunstrita aos jovens entre 18 e 25 anos com rendimentos mais reduzidos.

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Quem é dependentes de analgésicos opiáceos é 40 vezes mais susceptível de se tornar dependentes de heroína Jerry Lampen/REUTERS

Só em 2013 – o último ano de que há registo –, mais de 8200 pessoas morreram de overdose de heroína, e 517.000 admitiram terem consumido ou serem dependentes dessa droga, o que representa um aumento de 150% em relação a 2007. 
“O consumo de heroína subiu rapidamente nos EUA e por toda a sociedade. Assistimos igualmente a enorme aumento do número de mortes”, disse o director do CDC, Tom Frieden, ao apresentar o relatório sobre morbilidade e mortalidade.
 
Até meados da década passada, o consumo de heroína era mais prevalente entre jovens dos 18 aos 25 anos, com rendimentos anuais inferiores a 20.000 dólares (18.000 euros), mas hoje esta droga está um pouco por todo o lado. O seu consumo duplicou entre as mulheres e entre os brancos não-hispânicos.
 
Uma das explicações para o problema poderá ser a dependência de medicamentos vendidos sob prescrição médica, principalmente os analgésicos – segundo um trabalho da revista
Time, muitas pessoas começam a consumir heroína pelo facto de ser mais barata do que os medicamentos e não as obrigar a obter uma receita. Segundo os cálculos do CDC, as pessoas que estão dependentes de analgésicos opiáceos são 40 vezes mais susceptíveis de se tornarem dependentes de heroína. 
“A maioria dos consumidores de heroína tem um histórico de consumo de analgésicos opiáceos que necessitam de receita médica, e o aumento do número de mortes por
overdose aconteceu em simultâneo com uma epidemia de overdoses devida a estes opióides”, segundo a Time

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