A identidade da mulher que irá ilustrar a nova nota ainda é desconhecida e só será desvendada depois de uma consulta à opinião pública, que será chamada a enviar sugestões. Entre os critérios que serão tidos em conta, Jacob Lew adiantou que a personalidade escolhida deverá ter tido um papel relevante na promoção da democracia. Além disso, a lei determina que seja uma pessoa que já tenha morrido.

A última mulher a figurar numa nota foi Martha Washington, esposa do primeiro presidente norte-americano George Washington, que foi o rosto do certificado de prata de um dólar entre 1891 e 1896.

Mais atrás no tempo, em meados do século XIX, a ameríndia Pocahontas, cujas aventuras foram imortalizadas pelo filme da Disney, chegou a figurar nas notas de 20 dólares.

“A moeda americana é uma forma de mostrarmos a nação que somos e o que defendemos”, justificou o secretário de Estado, lembrando que a nova nota começará a circular em 2020.

O Tesouro dos EUA adiantou que será criado um site para recolher as sugestões do público e que serão organizados encontros sobre o tema.

Este anúncio, lembra a AFP, surge na mesma altura em que uma associação de defesa dos direitos das mulheres, a Women on 20’s, lançou uma campanha a defender que que uma figura feminina seja o rosto das notas de 20 dólares.

Num inquérito feito pela associação junto de 600 mil pessoas, a escolha recaiu sobre Harriet Tubman, uma escrava negra que se tornou uma das figuras centrais do movimento abolicionista norte-americano.

Actualmente, a nota de dez dólares tem o busto de Alexander Hamilton, que foi o primeiro secretário de Estado do Tesouro dos Estados-Unidos.