Sem privatização, a TAP “não pode continuar e não continuará” como está

Passo Coelho diz que greve afecta valor das propostas dos investidores

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Miguel Manso

“Nós sabemos que a TAP precisa de ser capitalizada, este é o aspecto de fundo, e o Estado não o pode fazer”, declarou Passos Coelho, acrescentando que “o sucesso da privatização é importante para a companhia e para o país”, que “não é uma teimosia” do Governo e que o que está em causa é “salvar a empresa”. “Se não tivermos uma solução de privatização a companhia tal como está não pode continuar e não continuará”, vaticinou, ressalvando, porém, esperar que as propostas apresentadas “sejam adequadas ao valor da empresa”.

Mas o primeiro-ministro admite que a greve “trouxe custos para a TAP e para e economia nacional”, perdas essas que pode continuar a sofrer “durante os próximos meses, pelo facto de muita gente ter achado que a reputação da empresa ficou afectada”. “Esse custo, não tenho dúvida, foi muito pesado para a empresa e influirá certamente naquilo que são as propostas que vão ser apresentadas”, lamentou, considerando que “infelizmente não é nada que o Governo possa contrabalançar”. “A perda é efectiva, o que temos agora é de pensar no dia seguinte e de como poder de alguma maneira compensar ou reparar essas perdas, garantindo um futuro para a empresa”, disse.

Remetendo a discriminação das medidas do plano de recuperação da TAP para a administração da empresa, o primeiro-ministro afirmou não ter indicação de que estejam em cima da mesa despedimentos. “Não tenho nenhuma indicação nesse sentido, mas aguardaremos evidentemente aquilo que o conselho de administração vier a apresentar”, declarou, explicando que o Governo pediu à administração da empresa um plano de recuperação na sequência da greve.

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