Falha tentativa de recuperar um foguetão depois do lançamento
Empresa privada SpaceX tenta alternativa para reduzir o custo das viagens espaciais.
A operação tinha um objectivo claro: testar uma forma de recuperar parte dos foguetões, ao invés de deixá-los desintegrar-se na atmosfera. Se isto for possível, será uma forma de baixar substancialmente o custo das missões espaciais, tornando-as mais atractivas para empresas privadas, como a SpaceX.
O foguetão Falcon 9 partiu de Cabo Canaveral, na Florida, às 4h47 (9h47 em Lisboa). Três minutos depois, libertou o seu segundo estágio, que carrega a cápsula não tripulada Dragon, com 2,2 toneladas de provisões para os astronautas da Estação Espacial Internacional. A Dragon deverá chegar à estação na segunda-feira.
O plano era fazer com que a parte de baixo do foguetão aterrasse sobre uma plataforma flutuante com 91 metros de comprimento e 170 de largura, 322 quilómetros ao largo de Cabo Canaveral. Nesta tentativa, o foguetão utilizou os próprios propulsores, que foram novamente accionados, para reduzir a velocidade da queda e estabilizar a nave. O dono da SpaceX, Elon Musk, chegou a comparar esta operação como “tentar equilibrar uma vassoura na palma da mão durante uma tempestade”.
O foguetão acertou no rumo, mas não na velocidade. Aterrou com demasiada força e partiu-se, danificando também a plataforma. “Nada de charutos dessa vez, mas é encorajador para o futuro”, afirmou Elon Musk.
Esta é a quinta missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional feita pela SpaceX, das doze previstas num contrato com a NASA, no valor de 1,6 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).