As palavras de Malala Yousufzai

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Olivia Harris/Reuters

Malala sobreviveu e a sua voz fez-se ouvir ainda mais alto. No Paquistão, nas Nações Unidas ou junto a algumas das personalidades mais importantes da política internacional, a paquistanesa aproveitou todos os momentos para alertar para uma realidade que quer que pertença ao passado. Aqui ficam algumas das frases mais emblemáticas de Malala Yousafzai, Prémio Nobel da Paz.

“Hoje podem ver que estou viva. Posso falar, posso ver-vos, posso ver-vos a todos. Estou a melhorar a cada dia. Isso é por causa das orações das pessoas. Porque todos, homens, mulheres, crianças, todos eles rezaram por mim”. “Quero servir, quero servir o povo. Quero que todas as raparigas, todas as crianças, sejam educadas”.
Primeira declaração pública durante o internamento no Reino Unido. 04/02/2013

“Anunciar a primeira doação do Fundo Malala é o momento mais feliz da minha vida”. “Permitam-nos que passemos da educação de 40 para 40 milhões de meninas.”
Anúncio oficial da criação do Fundo Malala. 05/04/2013

“Os terroristas pensaram que iam mudar os meus objectivos e impedir as minhas ambições, mas nada mudou na minha vida a não ser isto: a fraqueza, o medo e a desesperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram”.
Fundo Malala. 10/2013

“Não sei por que as pessoas têm dividido o mundo inteiro em dois grupos, Ocidente e Oriente. A educação não é nem oriental nem ocidental. A educação é a educação e é o direito de cada ser humano”.
Entrevista ao programa Panorama da BBC. 07/10/2013

“Há muito mais gente que merece o Prémio Nobel”. “Penso que ainda preciso de trabalhar muito. Na minha opinião, ainda não fiz assim tanto para ganhar o Prémio Nobel da Paz”.
Declarações à rádio paquistanesa City89 FM, sobre possível nomeação para o Nobel da Paz. 09/10/2013

"Penso que é o momento mais importante, este meu regresso à escola. É o que eu sonhei, que todas as crianças devem poder ir à escola, que é o seu direito básico".
Entrada
 no colégio feminino Edgbaston High School, em Inglaterra, BBC 11/10/2013

“Manifestei a minha preocupação por os ataques com drones estarem a fomentar o terrorismo. Vítimas inocentes são mortas nestes ataques que provocam também grande ressentimento entre o povo paquistanês.” “[Se os EUA concentrarem os seus] esforços na educação isso terá um impacto muito maior do que o recurso a intervenções armadas”.
Após um encontro com o Presidente Barack Obama, na Casa Branca, a 12/10/2013

“Os taliban pensavam que uma bala nos reduziria ao silêncio mas falharam”, e “do silêncio saíram milhares de vozes”. “Hoje não é o dia de Malala, é o dia de todas as mulheres, de todos os rapazes e de todas as raparigas que levantaram a voz para defender os seus direitos”. “Não estou aqui para falar de vingança pessoal contra os taliban, (...) estou aqui para defender o direito à educação para todas as crianças”, disse. “Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Educação primeiro.” “Os extremistas fazem um mau uso do islão (...) para seu benefício pessoal, quando o islão é uma religião de paz e de fraternidade”. “Os nossos livros e os nossos lápis são as nossas [das crianças] melhores armas”.
Dia em que celebrou 16.º aniversário e discursou numa Assembleia de Jovens na sede das Nações Unidas. 12/07/2013

"Eles não utilizam correctamente o nome do islão porque esqueceram que a palavra significa 'paz'". "Quando soube que estas meninas tinham sido sequestradas na Nigéria senti-me muito triste, pensei que as minhas irmãs estavam na prisão e que deveria falar em seu favor". "Como podem prender as suas próprias irmãs e tratá-las tão mal?". "Eles ainda não estudaram o Alcorão".
Sobre sequestro de mais de 200 jovens na Nigéria pelo grupo extremista Boko Haram. 08/05/2014 

“Quando estava no Vale de Swat [onde Malala viveu no Paquistão], naquela época, havia mais de 400 escolas destruídas. E as mulheres eram agredidas, porque não estávamos autorizadas a ir para a escola. E, naquela altura, eu tinha realmente duas opções. Uma era de permanecer em silêncio e esperar para ser morta. E a segunda era falar e, em seguida, ser morta. Escolhi a segunda, porque não queria enfrentar o terrorismo para sempre. Queria sair daquela terrível situação. Queria ir para a escola. Foi o meu amor pela educação que me incentivou a continuar a campanha. Acho que, em tempos difíceis, precisamos levantar a nossa voz”.
Resposta a estudantes de jornalismo na Philip’s Academy Charter School, em Nova Jersey, EUA. 17/09/2014

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